Meta toma medidas para acabar com burlas do ‘falso Clooney’ ou ‘falso DiCaprio’. Facebook e Instagram passam a ter reconhecimento facial em anúncios

A Meta, empresa responsável pelo Facebook e Instagram, anunciou uma nova medida para combater as fraudes que utilizam imagens de celebridades de forma indevida. Através da tecnologia de reconhecimento facial, a empresa pretende identificar e bloquear anúncios fraudulentos que exploram a imagem de figuras públicas sem a devida autorização, protegendo assim os consumidores de potenciais fraudes e golpes online.

O uso da imagem de famosos para atrair a atenção do público não é novo. Durante décadas, personalidades de destaque têm sido contratadas para campanhas publicitárias, legitimando produtos e serviços aos olhos dos consumidores. No entanto, o crescimento das plataformas digitais facilitou a propagação de anúncios falsos, que se aproveitam da popularidade dessas figuras públicas para enganar os utilizadores.

Estes anúncios fraudulentos direcionam frequentemente os utilizadores para sites maliciosos, onde são vítimas de roubo de dados ou dinheiro. De acordo com a Meta, o aumento de golpes desse género tem-se tornado uma preocupação crescente, especialmente porque as distinções entre campanhas legítimas e falsas são, muitas vezes, difíceis de identificar. O uso indevido da imagem de celebridades pode levar as pessoas a adquirir produtos ou serviços acreditando que são apoiados por essas figuras, quando na realidade tal não acontece.

Para travar estas fraudes, a Meta introduzirá o uso de reconhecimento facial como parte dos seus sistemas de verificação de anúncios. A nova tecnologia permitirá comparar automaticamente os rostos apresentados em anúncios suspeitos com as fotos de perfil verificadas das figuras públicas no Facebook e Instagram. Se for identificado que a imagem de uma celebridade está a ser utilizada sem permissão, o anúncio será bloqueado de imediato.

Esta nova funcionalidade será opcional para as celebridades, que podem escolher ativá-la para proteger as suas imagens e evitar fraudes associadas ao seu nome. A Meta também assegura que os dados gerados durante este processo serão eliminados imediatamente após a verificação, preservando assim a privacidade das figuras públicas envolvidas.

Além de atuar sobre os anúncios fraudulentos, a tecnologia de reconhecimento facial também será utilizada para combater contas que se fazem passar por celebridades. Estes perfis falsos são frequentemente criados por cibercriminosos com o objetivo de enganar os utilizadores e induzi-los a interagir com conteúdos fraudulentos, como golpes românticos ou esquemas para envio de dinheiro.

A Meta já utiliza sistemas automáticos para rever “milhões de anúncios” que são publicados diariamente nas suas plataformas. Contudo, o reconhecimento facial será uma ferramenta adicional importante para detetar fraudes que atualmente podem passar despercebidas pelos métodos de verificação tradicionais.

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