Merkel perde força e extrema-direita avança na Alemanha

A extrema-esquerda alemã Die Linke venceu as eleições deste domingo, dia 27 de Outubro, na Turíngia, com 29,7% dos votos, seguida da extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD), com 23,8%. Tudo somado, os dois partidos mais extremos na política alemã contam com 53,5% dos votos, ficando à frente da União Democrata Cristã (CDU), partido liderado pela chanceler alemã Angela Merkel.

De acordo com a “CNN”, estes resultados dão conta de um revés do partido de Merkel, que cai da liderança (33,5%), em 2014, para a terceira posição com 22,5% dos votos. Já o Partido Social Democrata (SPD) teve apenas 8,5% dos votos – menos 4% do que nas últimas eleições – e ficou em quarto lugar.

Pelo contrário, a extrema-direita, que quando nasceu, em 2013, se afirmou pela rejeição do euro na Alemanha, em plena crise migratória, tem-se aproveitado do descontentamento com as políticas governamentais para ganhar cada vez mais apoio.

O apoio do SPD ao executivo de Merkel, recorde-se, tem sido objecto de um debate. Dividem-se entre aqueles apoiam a chanceler Angela Merkel e aqueles que defendem que a permanência do partido em governos de «grande coligação» originou maus resultados nas últimas eleições.

A segunda volta das eleições primárias no PSD alemão em Novembro vai ser decisiva, avançou a “Reuters”. Este domingo, o ministro das Finanças alemã, Olaf Scholz, mostrou-se a favor da coligação. No entanto, os principais rivais de Scholz defendem que pode ser um mau presságio para o Governo.

«O final prematuro do último mandato da chanceler Angela Merkel está uma vez mais em jogo», vaticinam os economistas liderados por Christian Schulz. «Os grandes partidos da coligação tiveram um mau desempenho nas eleições regionais na Turíngia e o ministro das Finanças, Olaf Scholz, ainda pode perder as eleições à liderança do SPD. O declínio do mandato de Merkel é acentuado pelos fracos desafios da economia e da política externa, como as guerras comerciais dos Estados Unidos, o Brexit e as preocupações renovadas sobre um potencial afluxo de refugiados», constatam.

As conferências da CDU a 22 e 23 de Novembro e da SPD entre 6 e 8 de Dezembro podem vir a decidir o destino de Merkel.

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