Médio Oriente: Pelo menos 15 mortos em ataque com ‘drone’ israelita em Beit Lahia
Pelo menos 15 palestinianos, incluindo mulheres e crianças, morreram hoje após um ataque com um ‘drone’ israelita na cidade de Beit Lahia, no norte da Faixa de Gaza, disse uma fonte oficial palestiniana à agência de notícias Wafa.
Há quase 20 dias que o norte do enclave está sob cerco israelita, que causou mais de 500 mortes e dezenas de milhares de pessoas deslocadas, segundo dados da ONU.
“Acreditamos que cerca de 56 mil pessoas foram deslocadas do norte da Faixa para a Cidade de Gaza desde o início das operações [israelitas]”, explicou à EFE um diretor da Agência da ONU para Refugiados, Sam Rosa.
No entanto, milhares de pessoas recusam-se a abandonar as suas casas no norte, não tendo para onde ir e temendo ataques israelitas, especialmente depois de terem recebido inúmeras ordens de saída desde o início da guerra, há mais de um ano.
Em Gaza, 90% da população está deslocada e a maioria teve que se mudar em mais de uma ocasião.
Os três principais hospitais desta zona – Indonésio, Al Awda e Kamal Adwan – estão saturados e têm problemas para dar resposta à constante chegada de corpos e feridos, depois de terem sido atacados nos últimos dias pela artilharia israelita.
O exército israelita, por seu lado, garantiu hoje, em comunicado, que as suas tropas “continuam a lutar na área, ao mesmo tempo que permitem a saída de civis em rotas designadas”.
“Num único ataque, eliminámos 10 terroristas que representavam uma ameaça”, referia o comunicado, no qual era descrito que as tropas completaram uma operação na área de Beit Lahia na qual desmantelaram “vários túneis de terroristas”.
No último dia, a força aérea israelita também atingiu um diversos material bélico na área de Rafah, no extremo sul da Faixa, que “estava pronto para serem disparado contra Israel”, acrescentou.
Desde o início da ofensiva israelita contra Gaza, em outubro de 2023, mais de 42.600 pessoas morreram – a maioria delas mulheres e crianças – e quase 99.800 ficaram feridas, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, que não inclui milhares de desaparecidos ou mortos devido a doença ou infeção.