Médio Oriente: Nove mortos e dezenas de feridos em ataque israelita iniciado terça-feira

O número de palestinianos mortos na incursão militar israelita que prossegue desde terça-feira em Jenin, no norte da Cisjordânia ocupada, subiu hoje para nove, além de cerca de 30 feridos, segundo o Ministério da Saúde palestiniano.

Nas últimas horas, Sami Al Qaisi, de 18 anos, foi morto “por balas da ocupação” e Jihad Muhammad Talib, de 38 anos, foi morto de madrugada, depois de sete palestinianos terem sido mortos terça-feira no norte da Cisjordânia, reduto do movimento das milícias palestinianas.

O ataque continua hoje, mais de 24 horas depois de ter começado, na manhã de terça-feira, disse um porta-voz militar à agência noticiosa espanhola EFE.

Entre os mortos de terça-feira encontravam-se dois rapazes de 15 e 16 anos, bem como o chefe do departamento de cirurgia do hospital governamental de Jenin, um professor e um estudante de 22 anos.

“Os militares confiscaram equipamento militar e encontraram explosivos colocados nas estradas para atacar as tropas durante a operação”, reivindicou hoje o exército num comunicado, acrescentando que a ofensiva está a ser realizada em cooperação com a Polícia de Fronteiras e o Serviço de Informações Internas de Israel.

Além disso, prossegue o comunicado israelita, os soldados “eliminaram” dois milicianos palestinianos “que lançaram explosivos contra as tropas”, entre outros atacantes.

A Cisjordânia ocupada está a viver a maior espiral de violência desde a Segunda Intifada (2000-05) e, até agora, em 2024, pelo menos 188 palestinianos foram mortos por fogo israelita, a maioria dos quais alegados milicianos ou atacantes, mas também civis, incluindo mais de 30 menores, segundo uma contagem da EFE.

Do lado israelita, dez pessoas foram mortas em 2024 em oito ataques palestinianos, incluindo quatro militares e seis civis, entre os quais três colonos.

O ano de 2023 foi o mais mortífero em duas décadas, com mais de 520 mortos, mas após o ataque do Hamas de 07 de outubro de 2023, o exército israelita intensificou as suas incursões, agora frequentes, na Cisjordânia ocupada e, desde então, 515 palestinianos foram mortos pelas tropas e uma dúzia de colonos.

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