Médio Oriente: Ministro da Defesa israelita admite novo acordo para libertar reféns em Gaza

O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, afirmou hoje que “existe a possibilidade” de um novo acordo para a libertação de reféns na Faixa de Gaza, em posse do grupo islamita palestiniano Hamas.

“Existe a possibilidade de, desta vez, chegarmos a um acordo sobre os reféns”, declarou Katz, durante uma visita à base aérea de Tel Nof, a sul de Telavive, acrescentando que Israel está a aumentar a pressão sobre o Hamas.

Em mais de um ano de guerra, Israel e o grupo armado palestiniano só chegaram a acordo sobre um cessar-fogo e libertação de reféns, em troca de prisioneiros palestinianos, em novembro do ano passado.

Na altura, foram libertados cerca de cem das 251 pessoas raptadas no ataque do Hamas no sul de Israel em 07 de outubro e que desencadeou o atual conflito na Faixa de Gaza, com um balanço de mais de 44 mil mortos no enclave palestiniano, segundo as autoridades locais controladas pelo grupo islamita.

Desde então, as negociações para uma nova trégua fracassaram e alguns antigos membros do Governo israelita, como o atual dirigente da oposição Benny Gantz ou o antigo ministro da Defesa Yoav Gallant (demitido no início de novembro), acusaram o chefe do executivo, Benjamin Netanyahu, de impedir um acordo por razões políticas.

Katz, que sucedeu a Gallant na Defesa depois de ter sido ministro dos Negócios Estrangeiros, sustentou que “o mais importante” da guerra na Faixa de Gaza é libertar os reféns, e que Israel não acabará com os combates até conseguir devolvê-los todos às suas casas.

No entanto, o governante reiterou que o principal inimigo é o Irão e o seu programa nuclear.

Do total de pessoas raptadas em Israel, 97 permanecem na Faixa de Gaza (a que se somam outras quatro que já estão em cativeiro há mais de dez anos), das quais Israel estima que pelo menos 30 estejam mortas.

O ministro da Defesa israelita referiu-se ainda ao frágil cessar-fogo com o grupo xiita libanês Hezbollah, que entrou em vigor há uma semana, mas já prejudicado por vários ataques militares de ambas as partes, que se acusam mutuamente de violações ao acordo.

Israel terá “tolerância zero” para violações ao entendimento, avisou Katz, sobre a interrupção dos combates ao fim de quase 14 meses de confrontos entre Israel e o Hezbollah, aliado do Hamas e do Irão.

A guerra no Líbano já provocou mais de quatro mil mortos no Líbano, a maioria nos últimos dois meses, e acima de 1,2 milhões de deslocados, segundo o Governo libanês, enquanto cerca de 60 mil pessoas abandonaram as suas casas no norte de Israel.

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