Médio Oriente: Israel convoca mais quatro brigadas da reserva para combater Hezbollah

O Exército israelita anunciou hoje a convocação de mais quatro brigadas da reserva que serão destacadas no norte do país, após ter lançado uma ofensiva terrestre contra posições do movimento xiita armado Hezbollah no sul do vizinho Líbano.

“Esta medida permitirá prosseguir as atividades da operação contra a organização terrorista Hezbollah e alcançar os objetivos operacionais, nomeadamente o regresso em segurança dos habitantes do norte de Israel às suas casas”, declarou o Exército em comunicado.

O comunicado não fornece quaisquer pormenores sobre as novas brigadas que serão destacadas para o norte de Israel.

A 25 de setembro, o Exército tinha anunciado a mobilização de duas brigadas da reserva territorial para o norte do país.

Uma brigada de infantaria israelita tem normalmente entre 1.000 e 2.000 soldados, ao passo que uma brigada blindada tem cerca de 100 tanques.

O Hezbollah começou a disparar ‘rockets’, mísseis e ‘drones’ (aeronaves não-tripuladas) sobre o norte de Israel um dia depois de o ataque de 07 de outubro de 2023 do movimento islamita palestiniano Hamas em território israelita ter desencadeado uma guerra na Faixa de Gaza.

O Hamas e o Hezbollah são aliados que se consideram parte de um “Eixo de Resistência” apoiado pelo Irão contra Israel.

Israel respondeu com vagas de ataques aéreos que, além do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, já vitimaram outros altos responsáveis do movimento, e o conflito tem vindo a intensificar-se até à beira de uma guerra total, fazendo temer um alastramento a toda a região do Médio Oriente.

As autoridades israelitas afirmam estar determinadas a fazer regressar cerca de 60.000 dos seus cidadãos às comunidades do norte do país que foram evacuadas há quase um ano.

Por seu lado, o Hezbollah afirmou que só suspenderá o lançamento de ‘rockets’ se houver um cessar-fogo na Faixa de Gaza, o que se tem revelado difícil, apesar de meses de negociações indiretas entre Israel e o Hamas, mediadas pelos Estados Unidos, o Qatar e o Egito.

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