Médio Oriente: EUA sancionam maior grupo de colonatos na Cisjordânia por laços “extremistas”

O Governo norte-americano impôs hoje novas sanções à maior organização israelita de colonatos na Cisjordânia, que acusa de ser “parte do movimento extremista de colonatos” e ter ligações a indivíduos envolvidos em violência e anteriormente sancionados.

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos afirmou num comunicado que tanto a organização, conhecida como Amana, como a sua subsidiária Binyanei Bar Amana, estarão agora sujeitas a restrições por ligações contínuas a “indivíduos e a posições responsáveis pela perpetração de violência na Cisjordânia”.

Há meses que a administração do Presidente Joe Biden vinha a considerar a introdução destas medidas, uma vez que a proibição das empresas norte-americanas de manterem laços económicos com a organização poderia impedir o financiamento dos colonos israelitas nos territórios palestinianos ocupados.

As sanções afetarão também uma entidade mais pequena, Eyal Harei Yehuda, responsável pela construção dos postos fronteiriços, bem como três indivíduos cujas ações visam a “população civil” – Itamar Yehuda Levi, Shabtai Koshlevski e Zohar Sabah -, afirmou o Departamento de Estado num comunicado.

“Todos os bens e interesses em bens dos indivíduos designados acima descritos que se encontram nos Estados Unidos da América (EUA) foram congelados”, refere a mesma fonte.

No total, 17 indivíduos e 16 entidades já foram sancionados ao abrigo da ordem executiva assinada em fevereiro pelo Presidente Biden para “perseguir aqueles que procuram desestabilizar a Cisjordânia” através da violência dos colonos.

“Os Estados Unidos, juntamente com os nossos aliados e parceiros, continuam empenhados em responsabilizar aqueles que procuram facilitar estas atividades desestabilizadoras, que ameaçam a estabilidade da Cisjordânia, de Israel e de toda a região”, declarou o secretário adjunto do Tesouro, Wally Adeyemo.

Os EUA “opõem-se sistematicamente à violência na Cisjordânia, bem como a outros atos que restringem indevidamente o acesso dos civis aos serviços mais essenciais para satisfazer as suas necessidades básicas”, afirmou Adayemo.

“Isto poderia levar a um aumento da tensão e alargar o conflito na região”, reiterou.

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