Mazda MX-30 R-Ev: O regresso do motor rotativo para alimentar o elétrico

A Mazda resolveu inverter com o MX-30 a sua estratégia, lançando primeiramente o modelo elétrico e, somente agora, o seu híbrido com a certeza de que, a tendência do mercado é a eletrificação. Como a marca pretende estar em todos os mercados daí o lançamento de vários modelos, como é o caso deste com o motor rotativo e um elétrico.

Assume-se com a assinatura “Crafted in Japan” onde pontua a sua origem japonesa, e subjacentemente, valores como rigor, qualidade e disciplina.

O MX-30 é inconfundivelmente um Mazda – esteticamente, comportamento e qualidade de construção, mas o seu formato coupé, as portas traseiras – a abrir em sentido contrário – os faróis traseiros, tornam-no diferente no mercado automóvel. Pode não ter a pretensão de ser um veículo de massas, mas compete no segmento C onde mais vendas existem.

O interior mantém a assinatura Mazda. Rigor de construção e de materiais, vários plásticos moles, boa posição de condução, bom comportamento, a interação homem-automóvel que a Mazda sempre considerou como relevante, um painel de instrumentos semi-digital, um ecrã central na altura correta e, um terceiro ecrã central no fundo do tablier que incorpora os comandos do AC. Mantém também na consola central alguns dos comandos necessários para o sistema de infotainment (assinatura Mazda)

Atrás, o acesso aos bancos é interessante, com o sistema invertido de abertura das portas, mesmo sendo o espaço disponível mais contido.

No momento dinâmico do ensaio quase nem nos damos conta que este é um híbrido tal a suavidade com que o motor térmico de 893cm3 surge, a par com a pouca intromissão do ruído exterior no interior.

O MX-30 marca o regresso do motor rotativo wankel que foi lançado pela marca em 1967 (com a aquisição da patente), tendo ganho Le Mans com esta tecnologia em 1991 (o último automóvel de estrada com motor rotativo foi o RX-8) e, regressa para fazer locomover o MX-30, sendo que o motor não vai à roda pois está ali para alimentar o motor elétrico e, com isso garantir uma autonomia até 85km nos seus 170cv.

No comportamento e dinâmica sentimos muitas semelhanças com o elétrico, onde destacamos sobriedade, conforto e boa interação com a estrada, num chassis e suspensões que se “agarram à estrada”

A marca manteve assim três pilares que sempre a marcaram; dedicação, precisão, centridade humana. Tal notou-se no breve ensaio dinâmico na zona do guincho. A marca refere uma autonomia até 600kms e três modos de condução –  EV, normal e charge (obriga a bateria a ser carregada pelo motor a gasolina para depois ser utilizada em zonas das cidades onde somente se possa circular em modo elétrico, algo que em Portugal ainda não possuímos)

O preço inicia-se nos 40.000 a 46.000 € (da edition R) num modelo 2WD, sabendo que este MX-30 entra no competitivo mercado dos SUV que já representa 40% do mercado e onde 16% desse mercado são SUV PHEV

 

 

 

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