Mazda 3: quem o conhece bem reconhece o valor que possui

Ao longo dos anos vamos conhecendo os produtos que ensaiamos, marcas e modelos e sobre cada uma vamos construindo uma história, feita de perceções, de sensações, mas sobretudo de factos.

E o Mazda 3 tem também a sua história. É um daqueles modelos low-profile que só quem o conhece bem reconhece o valor que possui. Esteticamente, é muito agradável, principalmente nesta cor e nesta nova atualização.

A frente mergulhante atribui-lhe um ar desportivo que depois termina numa traseira com grupos óticos em tudo similares ao ícone MX5, redondos e com carater desportivo, onde a forma coupé se destaca (sem com isso roubar espaço no interior)

Se o exterior cativa, tal é mais evidente assim que se acede ao interior onde a primeira perceção (confirmada depois factualmente) é que é um modelo muito bem concebido, seja nos materiais, seja na qualidade de construção.

Mas para isso temos de nos sentar e aí vem ao de cima a ergonomia do conjunto e usabilidade de quase todos os comandos (por exemplo do AC). Já o manuseamento do ecrã central, embora idêntico em todos os Mazda e fixo na consola central através de um manipulo e botões exige habituação. Mas depois facilmente nos esquecemos de tudo o resto pois encontramos imensos plásticos moles dispersos por todo o habitáculo (tablier inclusive), um head-up display muito interessante, um volante algo sobredimensionado e o ex-libris da manete da caixa (idêntica à do MX5, pequena e, em utilização, curta, precisa e direta)

Em termos de espaço interior o mesmo é bom tanto atrás como à frente e a posição de condução é ótima.

E, em estrada?

Este motor 2.0 com 150Cv é de uma utilização tão simples quanto prática. Sempre presente e com boa resposta, não vacila. Tanto serve para uma condução mais simples como mais empenhada. O chassis responde em termos de comportamento e existe prazer em conduzir o 3, seja em cidade mas sobretudo em estrada, tanto pela eficácia do seu comportamento, pelo conforto e pelo modo como a direção “lê” a estrada (com o peso correto que nos ajuda a enfrentar com menor ou maior intensidade curvas fechadas e, onde o chassis acompanha.

Em termos de consumos, o mesmo rondou os 7,2 a 7.7l consoante o empenho da condução. Surpreendeu-me? Sim. O Mazda3 pelo seu low-profile tem skills que o podem catapultar para outros patamares em termos de vendas. É competente em todos os domínios, sobressai mais nuns que noutros, mas no computo geral a nota é bem positiva.