Maria Luís Albuquerque ouvida para ter aval dos eurodeputados entre 04 e 12 de novembro

A comissária europeia portuguesa indigitada, Maria Luís Albuquerque, será ouvida entre 04 e 12 de novembro pela comissão dos Assuntos Económicos e Monetários do Parlamento Europeu, para os eurodeputados decidirem se aprovam a sua nomeação, foi hoje anunciado.

O calendário foi hoje à tarde aprovado numa reunião da Conferência de Presidentes do Parlamento Europeu (que junta a presidente da instituição, Roberta Metsola, e os líderes dos partidos), ocasião na qual foi aprovada uma das propostas apresentadas na terça-feira pelos líderes das comissões parlamentares para as audições aos comissários europeus indigitados decorrerem entre o início e meados de novembro, no total de uma semana e meia, avançaram fontes europeias à agência Lusa.

De acordo com as mesmas fontes comunitárias, ainda não foi decidido o dia exato da audição de cada comissário europeu indigitado, incluindo o de Maria Luís Albuquerque, mas certo é que a antiga ministra das Finanças – a quem foi atribuída a pasta dos Serviços Financeiros e da União da Poupança e do Investimento –, será ouvida pela comissão parlamentar dos Assuntos Económicos e Monetários numa reunião conjunta com as comissões de Comissão do Mercado Interno e da Proteção dos Consumidores e das Liberdades Cívicas, da Justiça e dos Assuntos Internos.

Entretanto, através da rede social X (antigo Twitter), a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, confirmou que “as audições aos novos comissários indigitados da Comissão Europeia irão decorrer entre 04 e 12 de novembro”, salientando que, durante esse período, “os eurodeputados vão perguntar, avaliar, escrutinar e votar”.

Cabe à assembleia europeia decidir se aprova ou não o nome de Maria Luís Albuquerque e do restante colégio de comissários, proposto e liderado por Ursula von der Leyen, que irá cumprir um novo mandato de cinco anos à frente da Comissão Europeia.

Questionada sobre a data da aprovação final em plenário, uma das fontes europeias ouvidas pela Lusa garantiu estar “confiante de que será possível” fazê-lo na última sessão plenária de novembro, entre 25 e 28 desse mês, para a 01 de dezembro o novo executivo comunitário entrar em funções.

Em meados de setembro passado, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, propôs então a pasta dos Serviços Financeiros e da União da Poupança e do Investimento para a comissária nomeada por Portugal, a antiga ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque.

Na altura, Von der Leyen falou numa pasta “vital para completar a União do Mercado de Capitais e para garantir que o investimento privado potencie a produtividade e inovação” europeia.

Nas declarações aos jornalistas, a líder do executivo comunitário vincou na ocasião que a antiga governante portuguesa “será excelente nessa pasta porque tem uma vasta experiência como ministra das Finanças, mas também uma enorme experiência no setor privado”, ao ter passado por instituições financeiras como a Morgan Stanley e a Arrow Global.

Isso mesmo ficou explícito na carta de missão, na qual a presidente da Comissão Europeia pediu à comissária portuguesa indigitada que use a sua experiência para “desbloquear montante substancial de investimento” para União Europeia.

Aos 57 anos, a antiga governante portuguesa é uma das 11 mulheres entre 27 nomes (uma quota de 40% para mulheres e de 60% de homens) do próximo executivo comunitário de Von der Leyen, agora sujeito a aval parlamentar, que tem como principal missão a competitividade económica comunitária.

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