Manobras navais entre China e Rússia no Mar do Japão prosseguem com fogo real

Os exercícios navais conjuntos da China e da Rússia no mar do Japão entraram hoje na segunda fase, durante a qual vão ser usadas munições reais, noticiou a imprensa oficial chinesa.

Depois da cerimónia de abertura, no sábado, os navios chineses e russos partiram do porto de Vladivostoque para a zona onde se realizam os exercícios, de acordo com o jornal oficial Global Times, que cita o Ministério da Defesa russo e o Exército de Libertação Popular chinês.

Os exercícios incluem cenários como escolta marítima e aérea, aviso e defesa, defesa aérea e de mísseis e exercícios de artilharia de fogo real.

Durante a inauguração, um comandante chinês garantiu que as manobras Beibu/Interação 2024 mostram um “mecanismo maduro” de cooperação entre as duas potências militares e que os cenários ensaiados “estão cada vez mais próximos do combate real”.

Do lado chinês, participam os contratorpedeiros Xining e Wuxi e o navio de abastecimento Taihu, que se juntaram aos navios de caça submarina de grande porte Admiral Panteleev e Admiral Tributs, aos barcos anti-submarinos MPK-82 e MPK-107 e ao porta-mísseis Smerch da Frota do Pacífico russa, a 09 de setembro.

De acordo com a Frota do Pacífico russa, “durante esta semana, o destacamento naval conjunto vai praticar a defesa contra ataques aéreos, navais e submarinos inimigos, a navegação conjunta e a defesa num porto desprotegido” no mar do Japão.

Os navios chineses e russos realizaram a primeira fase de exercícios em zonas do mar de Okhotsk até 15 de setembro.

De acordo com um perito militar chinês citado pelo Global Times, os exercícios estão divididos em duas fases porque a primeira fase coincidiu com os exercícios estratégicos russos Ocean-2024.

Na semana passada, as guardas costeiras chinesas e russas também realizaram manobras, partindo este sábado para as águas do norte do oceano Pacífico para uma patrulha conjunta, abrangidas por acordos internacionais para a conservação e proteção dos recursos biológicos marinhos e o desenvolvimento sustentável, assinalou a imprensa chinesa.

Outros analistas militares, citados pelo Global Times, afirmaram que as interações consecutivas entre as forças armadas chinesa e russa “mostram que os dois países estão a impulsionar a cooperação estratégica”.

Estas manobras estão a decorrer, ao mesmo tempo que o Ocidente acusa a China de estar a apoiar economicamente a campanha militar russa na Ucrânia, algo que Pequim tem negado repetidamente.

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