Mais vagas, menos candidatos. Concurso para médicos de família deverá ficar por preencher

As vagas do concurso para médicos de família devem sobrar este ano, uma vez que há mais lugares disponíveis do que médicos profissionais que terminaram a especialidade, explica o presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, Rui Nogueira.

Há um mês, o Ministério da Saúde abriu o concurso para 435 médicos de família – mais 37 vagas do que em 2019. No entanto, Rui Nogueira acredita que, em Outubro, o número de concorrentes será mais baixo do que os lugares disponíveis.

Em declarações à TSF, o representante dos médicos de família diz que não há “435 médicos em condições de concorrer”. Há, por isso, uma diferença entre o número de vagas, 435, e o número de profissionais que terminaram a especialidade, 395.

Além disso, Rui Nogueira considera que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) não consegue atrair todos os médicos. Se forem preenhidas mais de 300 vagas, “já será muito bom”.

Dos 435 lugares disponíveis, cerca de metade corresponde à região de Lisboa e Vale do Tejo, 86 ao Norte, 64 ao Centro, 34 ao Alentejo e 35 ao Algarve – um factor que afasta muitos candidatos, já que que há mais formação no Norte.

“A discrepância é tão grande que há dois candidatos por cada vaga no Norte e na região de Lisboa há duas vagas por cada candidato, há o dobro das vagas”, alerta. Neste sentido, Rui Nogueira sugere aumentar o número de vagas de formação em Lisboa.

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