Mais greves à vista… Sindicatos de professores anunciam hoje novos protestos para depois de “grande dia de luta” de 6 de junho

A plataforma de nove sindicatos do setor da Educação (ASPL, FENPROF, FNE, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU) ameaça avançar com novos protestos depois da greve e grande manifestação nacional, marcada para dia 6 de junho, caso o Ministério da Educação (ME) não mude a sua posição de “intransigência” e continue sem acatar as reivindicações dos doentes.

Em comunicado, a Fenprof explica que as várias organizações sindicais vão anunciar, esta quarta-feira, às 12h00, a continuação da luta dos professores após o dia 6 de junho de 2023 (dia escolhido por simbolizar os seis anos, seis meses e 23 dias de tempo de serviço perdido pelos docentes).

“Da parte do ME, ao roubo de tempo de serviço, juntam-se outros roubos: de proteção na doença, com o desumano regime de mobilidade por doença [incapacitante]; de estabilidade para milhares de docentes desterrados a centenas de quilómetros da sua área de residência; de exercício do direito à greve, sendo cúmplice de procedimentos disciplinares instaurados por alguns diretores contra professores que fizeram greve… porém, os professores não deixarão que atentem contra a sua dignidade e que procurem minar as suas capacidade e a necessidade de luta em defesa da Profissão e da Escola Pública”, acusa a Fenprof, dizendo que o ministério liderado por João Costa continua a manifestar “intransigência e desrespeito”.

Os sindicatos de professores dizem que a responsabilidade está agora do lado do Governo, criticando o facto de o Executivo não ter acatado as propostas das organizações sobre tempo de serviço, vagas e quotas.

A Fenprof lamenta que a tutela não manifeste abertura para “se chegar a um entendimento que permita normalizar a vida nas escolas no final do ano letivo e no início do próximo” e acusa o Executivo de falta de vontade política de “no necessário cumprimento da lei, despenalizar os docentes que, em algumas escolas, foram alvo de procedimentos disciplinares porque… fizeram greve”.

Assim, as várias estruturas sindicais reúnem esta quarta-feira em Coimbra e, pelas 12h00, na escola EB 2,3 Rainha Santa Isabel, vão anunciar publicamente as próximas ações de luta.

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