Mais de 400 militares ‘invadem’ estação da Amadora e assustam passageiros. PCP pede explicações ao Governo

O caso aconteceu na passada terça-feira e deixou muitos passageiros habituais dos comboios da CP assustados e alarmados: 440 militares armados, cadetes da Academia Militar da Amadora, ‘invadiram’ a estação para seguir num comboio fretado com destino ao campo militar de Santa Margarido, onde tinham exercícios de treino.

Os mais de 400 cadetes fizeram o percurso entre a academia e a estação de comboios a pé e chegaram ao local de metralhadora ao ombro e em plena hora de ponta, usando a plataforma onde também estavam os outros passageiros.

A situação causou algum alarme e motivou muitas partilhas de fotografias nas redes sociais, mas ao Diário de Notícias o porta-voz do Exército adianta que é uma “prática comum” , já que em exercícios europeus e no âmbito da NATO, são utilizados “meios ferroviários para efeitos de treino e projeção de forças, viaturas e equipamentos”.

A mesma fonte adianta que o treino inclui “validar e confirmar, técnicas, táticas e procedimento de transporte de equipamento e armamento em segurança, antes, durante e após a viagem”, pelo que se escolheu este modelo de treino que, para ser assegurado, previa a “atribuição em exclusividade de uma plataforma de embarque para efeitos de treino”, tendo sido coordenado com a CP:

No entanto, a exclusividade da plataforma acabou por não acontecer, e o embarque no comboio teve de ser feito na plataforma definida pela CP e entre civis.

O Exército assegura que as armas que os militares levavam durante o treino estavam descarregadas e que o transporte do armamento “foi realizado em segurança de acordo com as normas de segurança previstas para o efeito”.

Perante o ‘susto’ para a população, o PCP não ficou agradado com o episódio e exige explicações ao Governo, tendo já entregado um requerimento com pergunta à ministra da Defesa, Helena Carreiras.

“O que é mais questionável é se o precisariam de fazer fardados e com armas empunhadas, bem como se esta é a forma mais segura e adequada para os transportar, para além de gerar nos utentes alguma estranheza”, criticam os comunistas.

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