Mais 200 novos técnicos para o INEM? Sindicato diz que “está longe” de ser suficiente

A recente decisão do Governo de contratar 200 novos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (TEPH) para o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) gerou uma reação negativa por parte do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar. De acordo com o sindicato, a medida não atende às necessidades reais da instituição e não resolve as questões estruturais que afetam a profissão.

Em declarações à Renascença, Rui Lázaro, porta-voz do sindicato, expressou descontentamento com o número de contratações anunciado. “Este concurso anunciado de 200 técnicos está longe de satisfazer as necessidades que são conhecidas hoje de quase 800 técnicos de emergência pré-hospitalar. Portanto, estranhamos o número, assim como também estranhamos ainda não termos sido contactados pelo Ministério da Saúde para iniciar o processo de revisão da carreira”, afirmou Lázaro.

O Governo divulgou hoje que autorizou a contratação de 200 novos técnicos para reforçar o atendimento e a triagem das situações de emergência médica no INEM, bem como para assegurar a operacionalidade de diversos meios do instituto. O Instituto Nacional de Emergência Médica, em comunicado oficial, explicou que a abertura do novo concurso está prevista para os próximos dias e visa preencher mais 200 lugares na Carreira Especial de Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar. Caso todas as vagas sejam preenchidas, o INEM passará a contar com um total de 1.095 trabalhadores nesta carreira.

A distribuição das vagas será regional, com a Delegação Regional do Norte a receber a maior oferta, com 90 vagas. A Delegação Regional de Lisboa, Vale do Tejo e Alentejo terá 50 vagas, a Delegação Regional do Centro contará com 40 vagas, e a Delegação Regional do Algarve terá 20 postos de trabalho disponíveis.

Apesar da expansão de pessoal, o sindicato critica a proposta, considerando que o número de novas contratações não é suficiente para resolver os problemas de sobrecarga e insuficiência de técnicos no sistema. Rui Lázaro sublinha que o ministério ainda não entrou em contacto com o sindicato para discutir a revisão da carreira, o que é visto como uma falta de atenção às necessidades da classe.

O Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar considera crucial que o Governo não só aumente o número de contratações, mas também implemente melhorias significativas nas condições de trabalho e nos salários, de forma a tornar a profissão mais atrativa e sustentável a longo prazo.

A resposta do sindicato indica um descontentamento crescente e uma chamada de atenção para a necessidade de uma revisão mais abrangente e eficaz da carreira dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar. O debate sobre estas questões continuará à medida que as negociações e o concurso avançarem.

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