Maioria dos jovens portugueses não confia no Governo
Os jovens portugueses não se sentem representados por quem os governa. Esta é uma das conclusões de um estudo da Universidade Portucalense (UPT), que confirma uma tendência de afastamento e falta de identificação dos mais novos em relação a matérias políticas.
Dos 400 jovens ouvidos, a percentagem que tende a desconfiar do Governo é de 43%, no caso dos homens, e de 36%, no que diz respeito às mulheres. Aos olhos da camada mais jovem, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, é o mais confiável.
Apenas 3% e 4% do público jovem masculino e feminino, respectivamente, admitem confiar «totalmente» no executivo.
Ainda assim, a maioria dos inquiridos diz estar satisfeita com a democracia, segundo a UPT, que nota «algum descrédito no próprio sistema político, o que, por consequência, dita o afastamento dos jovens da actividade política, apesar de muito interessados nos assuntos políticos».
Em relação à União Europeia, a esmagadora maioria defende «mais integração na União de assuntos como a liberdade de circulação e a política de defesa». O tema das alterações climáticas, a estabilidade económica e o terrorismo são os que mais preocupam os jovens.
Estes dados constam de um inquérito da UPT, desenvolvido por estagiários, junto de 400 universitários, que analisou as preocupações da camada jovem em conhecer a democracia em geral, as suas manifestações no sentir sobre alguns órgãos de Soberania da Estrutura Política Portuguesa e também na União Europeia, quanto ao seu funcionamento e prioridades de acção.