Maioria dos executivos acredita na IA Generativa, mas adoção em grande escala ainda é baixa
Um estudo recente revela que mais de 8 em cada 10 executivos (86%) estão a utilizar Inteligência Artificial Generativa (IA Generativa) para impulsionar a inovação nas suas organizações. No entanto, apenas 8% das empresas estão a adotar esta tecnologia em larga escala.
O relatório da Boston Consulting Group (BCG) intitulado “Most Innovative Companies 2024: Innovation Systems Need a Reboot”, revela que apesar da maioria das empresas experimentar a IA Generativa para promover inovação, apenas 10% dos executivos reportam impactos reais nas suas organizações, uma queda significativa de 27 pontos percentuais em comparação com 2022.
“À medida que a tecnologia avança, as empresas devem adaptar-se para se manterem competitivas, sendo que a implementação de IA Generativa pode ajudar a inovar, a ser mais eficiente e a ter um melhor desempenho”, afirma Pedro Pereira, Managing Director e Senior Partner da BCG em Lisboa. “Contudo, e apesar da maior parte das organizações priorizar a inovação mais do que no passado, os resultados mostram que estas estão atualmente menos preparadas para cumprir os seus objetivos nesta área face ao ano passado e que, sem uma estratégia bem definida para guiar a sua implementação nas organizações, são suscetíveis de ter um desempenho inferior ao seu potencial”.
O relatório também revela que a inovação é considerada uma das três principais prioridades por 83% dos executivos. Contudo, apenas 3% das empresas possuem a estrutura, recursos e cultura organizacional necessários para implementar essa prioridade de forma eficaz, uma queda de 17 pontos percentuais em relação a 2022.
Além disso, apenas 30% dos inquiridos estão a planear atualizar a sua estratégia de inovação. Em contraste, 70% das empresas planeia focar-se na otimização de processos e 65% pretende aumentar o número de projetos nas suas carteiras, com cerca de um terço destes projetos a serem de curto prazo.
Os principais obstáculos enfrentados pelas organizações incluem o aumento das taxas de juro e a escassez de talento, identificados como desafios por 47% e 44% dos executivos, respetivamente. Mais de metade (52%) destaca as estratégias pouco claras ou excessivamente amplas como o maior desafio.
O relatório revela ainda que quase metade dos executivos (48%) acredita que as suas organizações estão a lutar para alinhar as estratégias de negócio e inovação, mas apenas 12% efetivamente combinam ambas as estratégias.