Maiores de 55 anos já representam mais de 20% da população ativa na Europa. É o dobro do que há duas décadas

Em 2030 espera-se que 150 milhões de empregos sejam ocupados por pessoas com mais de 55 anos de idade a nível mundial. Estes já representam mais de 20% da população ativa na Europa, o dobro do que há duas décadas

De acordo com o mais recente estudo global da Bain & Company Better with Age: The Rising Importance of Older Workers, os trabalhadores com mais de 55 anos de idade representarão um quarto da população ativa do G7 no final da década. Estes representavam 20,7% da mão-de-obra na Europa em 2021, enquanto a percentagem era de apenas 10,6% vinte anos antes.

“Estes dados correspondem, tal como aponta a consultora estratégica, ao menor número de jovens que integraram a população ativa nas últimas duas décadas, bem como à diminuição de reformas antecipadas”, revelam os autores do estudo, sublinhando que esta tendência é mais pronunciada em países de mais altos rendimentos, como o Japão – onde os trabalhadores com mais de 55 anos representarão quase 40% da força laboral até ao final da década –, Itália ou Alemanha.

Para além destes resultados, a Bain & Company inquiriu 40.000 trabalhadores de 19 países sobre as suas motivações laborais, mostrando os resultados que os funcionários com mais de 60 anos preferem trabalhos interessantes, que possam realizar de forma autónoma e flexível.

Os dados revelam ainda que, à medida que a idade aumenta, os colaboradores mostram-se mais leais às suas empresas e mais satisfeitos com o seu trabalho, e que a proporção de colaboradores em tempo parcial ou por conta própria tende a aumentar à medida que a reforma se aproxima.

Por último, o inquérito revela ainda que 22% dos trabalhadores entre os 55 e os 64 anos considera que necessita de competências técnicas adicionais.

“Com as ferramentas e a mentalidade certas, os trabalhadores mais velhos podem ajudar as empresas a superar as suas lacunas de talento e a criar empregos de alta qualidade que transformem as habilidades dos trabalhadores de mais idade em fontes de vantagem competitiva”, aponta a Bain & Company.

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