MAI: 2020 foi o segundo ano com menos incêndios
O ano de 2020 foi até agora o segundo com menos incêndios dos últimos dez anos, de acordo como balanço divulgado esta quinta-feira pelo Ministério da Administração Interna (MAI), num comunicado enviado às redações.
«Terminou ontem, dia 30 de setembro, o período de maior empenhamento operacional dos meios do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) para 2020, naquele que foi o terceiro ano consecutivo com resultados abaixo da média da última década, em número de ignições e de área ardida», começa por referir a mesma nota.
O MAI revela que, face aos últimos dez anos, em 2020 registaram-se menos 47% de incêndios rurais e menos 38% de área ardida. «Esta é a primeira vez, desde 2009, em que se verificam três anos seguidos com redução destes indicadores relativos aos incêndios rurais», aponta.
Neste sentido, tendo por base os dados do Relatório Provisório de Incêndios Rurais do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), 2020 regista «até 30 de setembro, o segundo valor mais reduzido em número de incêndios e o quinto valor mais reduzido de área ardida, desde 2010».
«No total, registaram-se, até 30 de setembro, 8.968 incêndios rurais, quando a média entre 2010 e 2019 foi de 16. 873 incêndios», refere o comunicado, acrescentado que «a área ardida, no mesmo período, foi de 64.972 hectares, quando a média da última década se situou nos 104.109 hectares».
O combate aos incêndios florestais, contou, desde dia 1 de Julho com a participação de 11.825 operacionais, 2.749 equipas, 2.654 veículos e 60 meios aéreos, «no Nível IV do DECIR» , segundo o MAI. «Até ao dia 15 de outubro estará em vigor o Nível III, com 9.804 operacionais, 2.277 equipas, 2.154 veículos, mantendo-se os 60 meios aéreos».
«Assinala-se como positivo o facto de 86% dos incêndios terem uma área ardida inferior a 1 hectare. No entanto, este ano registaram-se 11 incêndios com área ardida superior a 1.000 hectares, o que leva à necessidade de reforçar a prioridade dada à reforma da floresta, à limpeza dos terrenos em redor das casas e das aldeias e à sensibilização das populações para a necessidade de evitarem comportamentos de risco como o uso da maquinaria ou a realização de queimas e queimadas em dias de risco de incêndio», refere a nota.
O MAI sublinha ainda que apesar de não ter havido, nos últimos três anos, «qualquer vítima mortal entre civis a lamentar, o Governo encara com preocupação os acontecimentos trágicos que levaram à morte de cinco bombeiros e de um piloto, pelo que vau reforçar as operações de segurança dos profissionais.