Madrid não quer «interacções sociais desnecessárias» mas descarta confinamento. Catalunha aperta medidas

A Comunidade de Madrid pediu aos seus cidadãos que evitem «interacções sociais desnecessárias», nomeadamente reuniões sociais ou familiares, mas descarta o regresso ao confinamento que limita a actividade económica e o emprego, segundo o ‘Expansion’.

O Ministro da Justiça da Comunidade de Madrid, Enrique López, defendeu esta segunda-feira que a actual lei de saúde pública permite às autonomias modular o direito à circulação mas «de forma não intensa». Voltar ao confinamento significava uma «privação de liberdade», que apenas deve acontecer numa situação «excepcional» que «não se verifica» actualmente.

«Não se trata de voltar a um confinamento que restringe a actividade económica a um ponto que quase a elimina trata-se de evitar ao máximo o convívio social desnecessário», explicou López, que garantiu que «a OMS não recomenda bloqueios».

O conselheiro também apontou que é «difícil» ser contra «encontros ou interacções sociais, dizer que não é bom sair e divertir-se algo que não é bem visto», refere sublinhando que o mais importante é a saúde, e é por isso que devem fazer-se «sacrifícios».

A adopção de novas restrições vai depender da evolução da epidemia, mas López pediu «para não preocupar a população» e explicou que a situação em Tielmes, o primeiro município onde a indústria hoteleira foi fechada e a população confinada, era diferente porque havia um «risco de contágio colectivo».

Catalunha e Murcia adoptam novas restrições

As regiões da Catalunha e de Murcia também decidiram implementar esta segunda-feira novos limites de reuniões de pessoas.

A Catalunha anunciou hoje a proibição de reuniões de mais de dez pessoas, tanto na esfera privada como na pública, excepto para situações de trabalho e transportes públicos.

A nova restrição soma-se à proibição de fumar e consumir álcool em espaços públicos, para além de manter distância social e utilizar sempre máscara.

O anúncio foi feito pelo presidente Quim Torra, numa conferência de imprensa conjunta com a ministra da Saúde, Alba Vergés, e o secretário de Saúde Pública, Josep Maria Argimon. Conforme indicado, a medida deve-se ao facto de 70% das infecções diagnosticadas terem origem em encontros sociais.

Uma medida semelhante entrou em vigor hoje em Murcia, com o governo a decidir proibir as reuniões de mais de seis pessoas que não vivam juntas.

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