Madeira: Justiça investiga viagem de Albuquerque e comitiva às Caraíbas. Visita custou quase 100 mil euros

No âmbito das investigações a alegados crimes de corrupção na Madeira, está a ser investigada pelo Ministério Público (MP) uma viagem oficial, de avião, que Miguel Albuquerque fez com a companheira a Curaçau, nas Caraíbas, e à Venezuela, em 2022.

Os bilhetes para a viagem, segundo noticia o Correio da Manhã, foram emitidos 10 dias antes de o governo regional da Madeira aprovar a contratação desse serviço e 11 dias antes de ser lançado o concurso público, levantando as suspeitas das autoridades.

Albuquerque viajou com uma comitiva de 13 pessoas na visita, que decorreu entre 9 e 18 de outubro de 2022 e que custou quase 97 mil euros (96.836 euros).

A viagem foi denunciada ao MP pelo partido Juntos Pelo Povo (JPP), por suspeitas de má gestão de dinheiros públicos e alegado favorecimento de uma empresa ligada a Avelino Farinha, um dos principais arguidos no processo, que chegou a estar detido.

A emissão suspeita dos bilhetes consta de um relatório do Tribunal Administrativo e Fiscal do Funchal, de novembro de 2023, que resultou de uma queixa de Élvio Sousa, secretário-geral do JPP. Só uma empresa apresentou propostas para os serviços dessa viagem, a Rameventos, que é detida pela empresa dona do Diário de Notícias da Madeira, ligada ao grupo de Avelino Farinha.

Entre os hotéis em que Albuquerque e respetiva comitiva ficaram alojados estavam o o Pestana Amesterdão Riverside, do Grupo Pestana, ou o Renaissance Resort & Casino By Marriot, em Curaçau.

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