Luz, portagens, comida: Eis o que já se sabe que vai ficar mais caro no próximo ano

Janeiro de 2024 vai trazer várias novidades para as famílias, nomeadamente ao nível de preços. Neste artigo, reunimos as principais alterações previstas para o arranque do ano e que terão um impacto negativo no bolso dos portugueses.

– Para as famílias que tenham carros com matrículas anteriores a 2007, o Imposto Único de Circulação (IUC) irá aumentar, pelo menos, até 25 euros. Serão abrangidos os “proprietários dos veículos de categoria A e E”, ou seja, cerca de três milhões de veículos de categoria A e 500 mil da categoria E.

– As portagens das pontes 25 de Abril e Vasco da Gama vão sofrer uma atualização, no início do próximo ano, de 3,6%, segundo os indicadores de inflação de setembro do INE (Instituto Nacional de Estatística) – assim, o aumento para a classe 1 pode variar entre os 5 e 10 cêntimos nas duas travessias do rio Tejo, embora os valores finais sejam propostos pela concessionária em dezembro, tendo por base a regra dos arredondamentos, segundo o jornal ‘Observador’.

– O IVA zero de 46 alimentos acaba a partir de janeiro de 2024. O Governo vai compensar 1,5 milhões de pessoas – quem tem crianças e recebe apoios sociais – com sete euros por mês. Fernando Medina afirmou que o Governo e os operadores económicos têm “interesse numa transição suave” com o fim do apoio. Ou seja, o ministro não espera que os preços aumentem de forma brusca em janeiro: “Contamos com isso”.

– O Governo quer introduzir uma contribuição de 4 cêntimos sobre os sacos de plástico leves e muito leves em 2024. “Entende-se por ‘saco de plástico muito leve’ os que são adquiridos na venda a granel de produtos de panificação, frutas e hortícolas frescos”, refere a proposta.

– Os cigarros vão pagar mais impostos. Em 2024, haverá uma reforma na tributação do tabaco, que será alargada aos cigarros electrónicos sem nicotina. Mas a proposta de OE sublinha que a reforma da tributação se destina ao universo de todos os fumadores em Portugal e que a tributação dos cigarros será concretizada independentemente do seu preço e tendo em conta o “respectivo malefício para a saúde pública”.

– A taxa do imposto sobre o álcool e as bebidas alcoólicas (IABA) vai ter um aumento a rondar os 10% no próximo ano. No caso das bebidas espirituosas o aumento do imposto será de 9,96%, enquanto nas cervejas rondará os 10% (com ligeiras variações percentuais tendo em conta os vários graus de Plato). Também nas bebidas açucaradas o aumento da taxa do imposto previsto no OE 2024 ascenderá aos 10%.

– Tal como o tabaco ou o álcool, o Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP) também deverá ser uma grande fonte de rendimento para o Estado em 2024. O Governo prevê arrecadar 3.380,6 milhões de euros na taxa que incide sobre o gasóleo e a gasolina que pagamos quando atestamos o carro, um valor 13,4% superior a 2023.

– A fatura da luz também pode ficar mais cara. A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) apresentou uma proposta de aumento no preço da eletricidade para o mercado regulado de 1,1% a partir de 01 de janeiro de 2024. “Para os clientes que permaneçam no mercado regulado (que representam 6,4% do consumo total e 947 mil clientes), ou que, estando no mercado livre, tenham optado por tarifa equiparada, a variação média anual das tarifas transitórias de Venda a Clientes Finais em Baixa Tensão Normal (BTN) é de 1,1%”, pode ler-se na nota de imprensa.

 

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