Lucros do banco UBS descem 11,7% para 25,6 mil milhões de euros em 2023
O lucro do banco suíço UBS desceu 11,7% em 2023, para 25,6 mil milhões de euros, comparativamente ao ano anterior, o que se deve à aquisição do Credit Suisse, avançou hoje o grupo financeiro.
O gigante bancário anunciou hoje que a descida no lucro líquido em 2023 acontece na sequência de ajustamentos do valor estimado do Credit Suisse, que foi adquirido por 3.070 milhões de euros no ano passado.
O grupo também detalhou a remuneração dos seus quadros superiores, com o seu presidente executivo, Sergio Ermotti, a ter recebido cerca de 14,6 milhões de euros desde o seu regresso à liderança, no início de abril de 2023, incluindo a sua remuneração fixa e o bónus.
Sergio Ermotti comprometeu-se a “permanecer no banco pelo menos até que o processo de integração esteja concluído, se não mais tempo”, afirmou o presidente executivo, na carta aos acionistas.
O UBS vai reunir-se com os seus acionistas, em Basileia, em 24 de abril para a assembleia geral anual do grupo financeiro.
No que se refere ao resultado de 2023, o UBS afirma, em comunicado, ter ajustado “as estimativas do valor justo à data da aquisição”, por conseguinte, o banco efetuou um ajustamento de cerca de 1,11 mil milhões de euros.
Em março de 2023, o UBS comprou o Credit Suisse, sob pressão das autoridades suíças, para evitar a falência do que era então o segundo maior banco do país.
Esta operação extraordinária influenciou os resultados anuais do UBS, que foram inflacionados pelo ganho contabilístico resultante da diferença entre os três mil milhões de francos suíços (cerca de três mil milhões de euros) pagos para adquirir o Credit Suisse e o valor dos ativos líquidos contabilizados.
O Conselho de Administração do UBS chamou Ermotti, que já tinha dirigido o grupo de 2011 a 2020, para liderar este projeto, e em agosto de 2023 o banco anunciou que a integração do Credit Suisse implicaria a perda de 3.000 postos de trabalho.