Lucros da Siemens sobem 27,4% entre outubro e dezembro para 1.377 milhões de euros

O grupo Siemens anunciou hoje que obteve no primeiro trimestre do exercício de 2021, que começou em outubro, um lucro líquido de 1.377 milhões de euros, mais 27,4% do que um ano antes, apesar da pandemia.

No mesmo período as receitas subiram para 14.071 milhões de euros, mais 3% do que no mesmo período de 2019, sustentadas por encomendas na Alemanha e na China.

Além disso, as encomendas aumentaram para 15.940 milhões de euros (mais 11%), principalmente devido aos grandes contratos assinados na divisão de mobilidade.

A empresa alemã, que hoje também realiza a sua assembleia geral de acionistas virtualmente devido à pandemia, mostrou-se satisfeita com os resultados e reviu em alta as previsões para o ano inteiro.

“A nossa equipa conseguiu um resultado espetacular num ambiente bastante complexo. Estou grato por entregar uma empresa tão forte à próxima geração de gestores”, disse o presidente e CEO (Chief Executive Officer) cessante da Siemens, Joe Kaeser.

Todas as divisões da empresa melhoraram o lucro operacional no primeiro trimestre.

As indústrias digitais alcançaram um lucro operacional de 759 milhões de euros (contra 414 milhões de euros um ano antes), as infraestruturas inteligentes 379 milhões de euros (contra 260 milhões de euros), a mobilidade de 201 milhões de euros (contra 199 milhões de euros), e a filial da Siemens Healthineers de tecnologia de saúde obteve 693 milhões de euros (contra 441 milhões de euros).

As empresas industriais alcançaram assim um lucro operacional de 2.031 milhões de euros, 53,3% acima do ano anterior, graças à recuperação da procura do negócio da automação, maior utilização da capacidade, uma forte contribuição do negócio de software, bem como reduções de custos.

Mas os serviços financeiros registaram uma perda de exploração de 57 milhões de euros, em comparação com um lucro de 24 milhões de euros um ano antes.

A Siemens prevê um “ambiente macroeconómico complexo influenciado pela covid-19” e espera que o rendimento líquido se situe entre 5.000 milhões e 5.500 milhões de euros em 2021, também bem acima da previsão anterior de “crescimento moderado” face a 4.200 milhões de euros alcançados no ano fiscal de 2020.

No entanto, considera que as taxas de câmbio terão um efeito negativo no volume de negócios e lucro em 2021.

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