Lucros da Altri mais do que duplicam no primeiro semestre para 62 milhões de euros

A Altri registou, no primeiro semestre deste ano, lucros de 62 milhões de euros, mais do que duplicando em relação aos resultados do período homólogo, adiantou, em comunicado.

Assim, o “resultado líquido do Grupo Altri atingiu os 62,0 milhões de euros no primeiro semestre de 2024, um crescimento de 121,7% face aos 28,0 milhões registados no período homólogo”, adiantou, sendo que “no segundo trimestre, os lucros ascenderam a 40,4 milhões de euros, quase cinco vezes mais do que no mesmo período de 2023”.

Por sua vez, as receitas totais foram de 462,7 milhões de euros, “um crescimento homólogo de 8,5%, suportadas pela evolução favorável dos preços das fibras celulósicas nos mercados internacionais”, disse o grupo.

Na mesma nota, a Altri indicou que o EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) nos primeiros seis meses do ano atingiu os 124,0 milhões de euros, “um aumento de 52,7% face ao primeiro semestre de 2023”.

O grupo destacou que a “produção de fibras celulósicas atingiu as 552,1 mil toneladas, um acréscimo de 6,2% ao comparar com o primeiro semestre de 2023”, sendo que as vendas “aumentaram 9,4% para as 575,2 mil toneladas, beneficiando da melhoria do nível de procura em termos globais e no mercado europeu”.

Já a dívida líquida da Altri reduziu-se para 324,8 milhões de euros no final de junho, face aos 356,7 milhões de euros registados no fim de 2023, “apesar da distribuição, durante o segundo trimestre, de um dividendo de 51,3 milhões de euros”.

Por sua vez, o investimento atingiu os 16,2 milhões de euros no primeiro semestre, “o que compara com os 36,2 milhões no período homólogo, ano marcado pelo investimento na nova caldeira de biomassa (considerando a nova turbina) da Caima”, destacou.

“Os sinais positivos que vínhamos observando no final de 2023 e no arranque de 2024 acabaram por se confirmar nesta primeira metade do ano. Assistimos, neste primeiro semestre, a um forte dinamismo na procura por fibras celulósicas, em especial nos mercados da Europa e da América do Norte”, disse o presidente executivo da Altri, José Soares de Pina, citado na mesma nota.

O gestor disse ainda que, “no âmbito da estratégia de crescimento sustentável do Grupo Altri”, a empresa realiza um “contínuo investimento na eficiência” das operações, mas também o “desenvolvimento de projetos de diversificação e crescimento nas várias unidades produtivas”, nos quais destaca “o projeto de recuperação e valorização de ácido acético e furfural de base renovável, na Caima, com previsão de conclusão no final de 2025”.

“Entre esses projetos está também o Projeto Gama, na Galiza, Espanha, atualmente em processo de tramitação da licença ambiental integrada, e o qual continuamos a desenvolver para permitir a tomada de decisão final de investimento”, referiu.

Quando ao resto do ano, a Altri destacou que “após uma recuperação da procura desde o verão de 2023 e uma primeira metade de 2024 bastante dinâmica na Europa e América do Norte”, poderá estar no horizonte “um nível de estabilização”.

Por outro lado, em termos de produção, “após a paragem da Caima em março de 2024, segue-se a manutenção da Celbi que deverá ocorrer entre os meses de setembro e outubro”, sendo que a Biotek tem agendada uma paragem apenas em março de 2025.

“Após um decréscimo de custos bastante significativo durante o ano de 2023, continuamos a antecipar uma estabilização dos custos variáveis para o Grupo Altri ao comparar com os níveis do primeiro e segundo trimestre de 2024”, indicou a empresa.

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