Lisboa vê ‘bolha imobiliária’ crescer cada vez mais: Preço de venda aumentou 20% e o de arrendamento 34%
O mercado imobiliário em Portugal enfrenta desafios sem precedentes, com Lisboa a ser o expoente máximo da ‘bolha imobiliária’ que se vive no nosso país.
O Imovirtual divulgou hoje o seu mais recente barómetro sobre a evolução dos preços médios de arrendamento e venda de imóveis em Lisboa, que revela que os preços de venda de casas registaram um aumento significativo em julho de 2024. Comprar uma casa é agora, em média, 65.000 euros mais caro do que em julho de 2023, o que representa um aumento de 20,63%, passando de 315.000 euros para 380.000 euros. Comparado ao mês passado, houve uma ligeira estabilização de 3,03%.
Em Lisboa, o preço médio de venda de uma casa alcançou os 535.000 euros, o que corresponde a um aumento de 24% em relação ao ano passado, quando o valor médio era de 429.900 euros. Em relação ao mês passado, os preços subiram 7%, com um aumento de 35.000 euros em comparação com o preço médio de 500.000 euros.
Entre os concelhos com maiores aumentos, Cascais destacou-se com uma impressionante subida de 61%, passando de 840.000 euros para 1.350.000 euros. Outros concelhos com aumentos significativos incluem Vila Franca de Xira (+36%), Lourinhã (+30%) e Alenquer (+28%). Por outro lado, Cadaval foi o único concelho onde o preço médio de venda se manteve estável, fixando-se em 215.000 euros. Os concelhos mais caros são Cascais (1.350.000 euros), Lisboa (625.000 euros) e Oeiras (627.000 euros), enquanto Cadaval (215.000 euros), Sobral de Monte Agraço (230.000 euros) e Amadora (235.000 euros) são os mais acessíveis.
Já no que respeita aos arrendamentos, o valor médio para arrendar imóveis também registou um aumento considerável, com uma subida de 36,36% em comparação com julho de 2023, resultando num acréscimo de 400 euros, para um valor médio de 1.500 euros. Comparado ao mês passado, o preço manteve-se estável.
Em Lisboa, arrendar uma casa custa, em média, 2.080 euros, o que representa um aumento de 34% em relação ao ano passado, quando o valor médio era de 1.550 euros. Comparado ao mês anterior, o aumento foi de 4%, uma vez que o custo médio era de 2.000 euros.
Os concelhos que registaram os maiores aumentos no arrendamento incluem Sintra, com uma impressionante subida de 182%, passando de 1.030 euros para 2.900 euros. Seguem-se Oeiras (+54%) e Vila Franca de Xira (+53%). Alenquer é o concelho mais barato para arrendar, com uma média de 950 euros, seguido por Lourinhã com 1.000 euros. Cascais continua a ser o concelho mais caro para arrendamento, com uma renda média de 3.500 euros, seguido por Sintra (2.900 euros) e Oeiras (2.000 euros).
Arrendamento | Venda | |||||
Concelho | 31-jul.-23 | 31-jul.-24 | Diferença | 31-jul.-23 | 31-jul.-24 | Diferença |
Alenquer | 825,000 | 950,000 | 15% | 195.000 | 250.000 | 28% |
Amadora | 1,100,000 | 1,100,000 | 0% | 225.000 | 235.000 | 4% |
Arruda dos Vinhos | * | * | * | 291.300 | 300.000 | 3% |
Azambuja | * | * | * | 235.000 | 280.000 | 19% |
Cadaval | * | * | * | 215.500 | 215.000 | 0% |
Cascais | 2,700,000 | 3,500,000 | 30% | 840.000 | 1 350.000 | 61% |
Lisboa | 1,800,000 | 1,990,000 | 11% | 577.500 | 649.750 | 13% |
Loures | 1,050,000 | 1,400,000 | 33% | 388.000 | 429.000 | 11% |
Lourinhã | 800,000 | 1,000,000 | 25% | 300.000 | 390.000 | 30% |
Mafra | 1,400,000 | 1,700,000 | 21% | 459.000 | 545.000 | 19% |
Odivelas | 1,275,000 | 1,775,000 | 39% | 325.000 | 414.999 | 28% |
Oeiras | 1,300,000 | 2,000,000 | 54% | 540.000 | 627.000 | 16% |
Sintra | 1,030,000 | 2,900,000 | 182% | 218.250 | 245.000 | 12% |
Sobral de Monte Agraço | * | * | * | 179.900 | 230.000 | 28% |
Torres Vedras | 890,000 | 1,125,000 | 26% | 320.000 | 395.000 | 23% |
Vila Franca de Xira | 900,000 | 1,375,000 | 53% | 272.500 | 370.000 | 36% |
Grand Total | 1,550,000 | 2,080,000 | 34% | 429.900 | 535.000 | 24% |
*Concelhos com pouca relevância estatística, devido à quantidade de imóveis nesta categoria para este mês analisado