Lamborghini celebra 45 anos do mítico Countach com viagem no tempo a uma corrida sem regras… e sem limites

A Lamborghini comemorou os 45 anos de um modelo tão icónico como o Countach, reunindo os protagonistas do filme ‘The Cannonball Run’, protagonizado por um modelo de cor negra – pode ver o filme aqui.

O Countach tornou-se um ícone do automobilismo desde que saiu da fábrica de Sant’Agata Bolognese em Bolonha, Itália. Com a sua ótima aerodinâmica graças a um design bastante agressivo e moderno para a época, além de ângulos bem marcados e um chassis muito largo e baixo, a cabina era um tanto compacta para os ocupantes.

A unidade Countach LP 400S do filme foi produzida em novembro de 1979 com cor externa Nero e interior Senape (mostarda) e enviada para a concessionária SEA em Roma, onde se acredita ter sido vendida para os Estados Unidos, especificamente para a Flórida, para um amigo do realizador do filme, o que seria o ponto chave para que fosse escolhido para aparecer no filme.

Como extras, elementos como spoiler e dois faróis na frente, três antenas na parte superior, 12 escapes (sim, leu corretamente…) à unidade traseira padrão.

Tamanho é o reconhecimento que o modelo adquiriu, que na Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos estão incluídas todas as informações relacionadas ao modelo, como o projeto de construção, as fotos ou os documentos originais, algo que apenas pouco mais de 30 carros possuem na história.

De onde vem a ‘Cannonball Run’?

A corrida que atravessa os Estados Unidos de costa a costa, num total de 4.677 km entre Nova Iorque e Los Angeles, no menor tempo possível, sem regras, sem limite máximo de velocidade, número de pilotos, rota estabelecida ou tipo de veículo. Foi criada por Steve Smith, editor da revista ‘Car and Driv’e, com uma série de corridas na década de 70 que tinham o objetivo de celebrar o Sistema Rodoviário Interestadual.

Hoje a viagem demoraria cerca de 42 horas num ritmo normal e dentro das regras, no entanto, o recorde atual é detido por um Audi S6, que o fez durante o confinamento pela Covid-19.

Equipado com diferentes tanques de gasolina na bagageira para diminuir o número de vezes que precisavam parar para reabastecer e um tablet amarrado com fita isolante no assento como cronómetro, conseguiu cruzar os Estados Unidos em 25 horas e 39 minutos com média velocidade de 180 km/h.

E porque se chama Countach?

Ferrucio Lamborghini trabalhou com o designer Marcello Gandini, que foi o responsável pelo design do modelo e que, ao apresentar a Ferrucio o primeiro protótipo, exclamou “Countach!”, expressão usada na região do Piemonte, que é usada principalmente como um elogio ao espanto ao ver uma bela mulher, mas cuja reação sincera ao ver o carro foi tal que o nome pegou.

Isto significou romper com a tradição de batizar os modelos com nomes relacionados com as touradas, a grande paixão de Ferruci, fazendo com que os modelos da marca levassem nomes como Islero, Miura ou Jarama.

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