Kremlin pretende que as regiões ucranianas anexadas atinjam o nível socioeconómico da Rússia em oito anos

As quatro regiões ucranianas anexadas em setembro pela Rússia – Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporizhia – devem atingir os níveis socioeconómicos russos em oito anos, segundo garantiu esta terça-feira o primeiro-ministro da Rússia, Mikhail Mishustin.

O responsável russo apresentou a nova estratégia do Governo russo para a “integração de novas regiões” e confessou que Vladimir Putin tem apelado à integração destes quatro territórios “num único espaço económico, jurídico, educativo e cultural”.

“O chefe de Estado ordenou elevá-los ao nível de toda a Rússia nos próximos oito anos. Esta é a principal diretriz do nosso trabalho”, relatou o primeiro-ministro russo, segundo a agência de notícias russa ‘Interfax’.

O Governo russo já implementou nos últimos meses um programa de desenvolvimento socioeconómico de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporizhia, focado principalmente na preservação de empregos e no apoio a alguns setores económicos típicos dessas regiões.

“O setor agrícola pode tornar-se um dos principais motores de desenvolvimento e do emprego, principalmente nas regiões de Kherson e Zaporizhia”, garantiu Mishustin, salientando que já foram entregues pelo Kremlin passaportes russos a quase 1,5 milhões de habitantes desses territórios.

A Rússia anexou as regiões no leste e sudeste da Ucrânia em setembro, sendo que as autoridades pró-Rússia estabelecidas em Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporizhia, realizaram uma série de ‘referendos’ que não foram reconhecidos pela maior parte da comunidade internacional.

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