Kiev afasta Plano de Paz da China para a Ucrânia: Pequim garante que tem o apoio de 26 países

“A única base justa para acabar com a guerra na Ucrânia é a fórmula de paz do presidente Volodymyr Zelensky, porque é a Ucrânia, que está a sofrer a agressão russa, que deve determinar o que deve ser a paz”, indicou esta quarta-feira o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Kiev, em resposta ao Plano de Paz conjunto apresentado pela China, desenvolvido com o Brasil, e que terá o apoio de 26 países.

“A China declara respeito pela soberania e integridade territorial dos países, portanto, o alto representante da China que participa na cimeira de paz na Suíça poderia dar uma contribuição prática para o fim da guerra na Ucrânia”, indica o ministério. “Este poderia ser um sinal importante da posição equilibrada da China, tendo já realizado quatro cimeiras a nível de líderes com a Rússia.”

“Todos os países que desejam restaurar a paz deveriam trabalhar para realizar uma reunião na Suíça, ‘e não fazer esforços para minar a cimeira’”, indica Kiev.

Tanto o Brasil como a China pedem negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia com a participação de ambos os países, já que tal medida “é a única maneira de resolver a crise ucraniana”, numa declaração conjunta assinada por Celso Amorim, conselheiro especial do presidente do Brasil, e Wang Yi, ministro dos Negócios Estrangeiros da China.

O Brasil e a China exigem que todas as partes adiram a três princípios de desescalada de conflitos: não expandir o campo de batalha, não intensificar as hostilidades e evitar provocações. Também sublinham na declaração a inadmissibilidade da utilização de armas de destruição maciça, incluindo armas nucleares, químicas e biológicas, e chamam a atenção para a necessidade de prevenir a proliferação nuclear e evitar uma crise nuclear.

“A Ucrânia e a Rússia supostamente ‘confirmaram a maior parte do conteúdo’ dos princípios do ‘Plano Global de Paz do Sul'”, relatou o ministro dos Negócios Estrangeiros da China, salientando que “um total de 26 países apoiaram o plano de paz de Pequim”.

Os líderes brasileiros e chineses não participarão da Cimeira Global pela Paz na Suíça, que será realizada entre 15 e 16 de junho.

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