Juros do crédito à habitação caem em Maio pelo nono mês consecutivo
A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação foi 0,903% em Maio, valor inferior em 4,4 pontos base (p.b) face ao mês anterior, mostram dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgados esta quinta-feira.
De acordo com o INE, nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro desceu de 0,891% em Abril para 0,845% em Maio.
«As taxas de juro implícitas são obtidas por quociente entre juros pagos e capital em dívida. As reduções das taxas, bem como da prestação média mensal, observadas em Abril e maio, poderão estar associadas às alterações decorrentes do regime de moratória, estabelecido no Decreto-Lei nº10-J/2020. A moratória suspende, pelo prazo de seis meses, o pagamento, total ou parcial, da prestação mensal das famílias com o crédito à habitação», refere o gabinete de estatísticas nacional.
No mês em análise, o capital médio em dívida subiu 124 euros, para 54 010 euros. Já a prestação média registou uma quebra 10 euros, para 227 euros, mantendo a tendência de queda observada em Abril.
Para o destino de financiamento Aquisição de Habitação – o mais relevante no conjunto do crédito à habitação – a taxa de
juro implícita para o total dos contratos caiu para 0,918%, o que representa uma variação negativa de -4,6 p.b face a Abril. Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro para este destino de financiamento fixou-se em 0,838%.
Por outro lado, considerando a totalidade dos contratos, o valor médio da prestação vencida desceu 10 euros, para 227 euros. Deste valor, 41 euros (18%) correspondem a pagamento de juros e 186 euros (82%) a capital amortizado. Nos contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação desceu para 258 euros.
*Notícia actualizada com mais informação às 11:16