Judiciária Militar está a investigar hospitalizações de recrutas dos Comandos

A investigação das circunstâncias que levaram à hospitalização de seis recrutas do curso de Comandos está a carga da Polícia Judiciária Militar, a par com o Departamento de Investigação e Ação Penal.

A informação é avançada esta sexta-feira pelo ‘Expresso’, citando fontes dessa polícia. Um dos recrutas ainda está internado e, na semana passada, foi sujeito a um transplante de fígado.

De recordar que em 2016 também ficou a cargo da Judiciária Militar investigar as mortes de dois recrutas, Hugo Abreu e Dylan Silva, ocorridas também no âmbito do curso de Comandos, no que é conhecido como ‘Prova Zero’. Já este ano, a justiça condenou três militares a penas suspensas e absolveu outros 16 arguidos.

Fonte consultada pelo jornal português não avança mais detalhes sobre a investigação em curso, apontando que “é ainda prematuro falar sobre o caso”.

As informações até ao momento indicam que o recruta que recebeu o transplante hepático colapsou durante um exercício que contemplava um percurso de cinco quilómetros, em passo de marcha e de corrida.

No entanto, o Presidente da República e a chefia das Forças Armadas já sugeriram que o caso deste ano será diferente do que se passou há seis anos, em que os dois recrutas terão falecido devido a um golpe de calor.

Marcelo Rebelo de Sousa já afirmou que “há um inquérito em curso, estão a ser aventadas várias hipóteses, mas pode acontecer que a situação seja muito diferente da anterior”.

Uma fonte do Exército português frisa que “não se pronuncia sobre eventuais causas de lesões, na ausência de factos médico-cientificamente comprovados”, especialmente “quando o incidente está a ser objeto de um processo de averiguações e de uma inspeção técnica extraordinária”.

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