JMJ: Visita do Papa foi boa para a economia portuguesa? Empresários queixam-se de quebras na atividade

Entre os dias 1 e 6 de agosto a cidade de Lisboa foi palco da Jornada Mundial da Juventude, um evento que representou um investimento significativo de Portugal, quer no âmbito público, quer privado. Mas foi o evento bom para a economia?

De acordo com o indicador diário de atividade económica do Banco de Portugal, a atividade económica entrou em terreno negativo entre meados de julho e o final da primeira semana de agosto. A partir do dia 6 de agosto, último dia das JMJ, o indicador do BdP reanimou.

Os pontos positivos destacados por empresas e entidades oficiais passam pela futura rentibilização do investimento realizado em infraestruturas, bem como a manutenção dos números do turismo graças aos peregrinos das jornadas, releva o ‘DN’.

No entanto, a mesma fonte adianta que os empresários de diversos setores se queixam da redução das dormidas nos hotéis, do menor consumo nos restaurantes e da redução de compras no comércio, como é o caso do vestuário ou calçado.

No que respeita às dormidas nos hotéis, os turistas terão evitado vir nas vésperas e na semana da JMJ.

A passagem dos jovens peregrinos por Lisboa não teve refeições em restaurantes caros, viagens de TVDE, saídas noturnas, nem passou pela compra de roupa, sapatos ou garrafas de vinho de marca.

Em declarações à Lusa, Vasco Melo, vice-presidente da Associação de Dinamização da Baixa Pombalina (ADBP), sublinhou que “a semana da jornada não foi, na generalidade, boa”, e confirmou que se registaram quebras significativas em alguns setores de atividade, tendo os empresários admitidos que a faturação neste período foi inferior ao habitual.

Ao contrário destes, estabelecimentos como gelatarias, restaurantes e supermercados estiveram constantemente lotados durante os dias do evento, quer os que tinham protocolo de colaboração com a organização das JMJ, quer os que não.

 

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