JMJ, turistas e maior fluxo de imigrantes de sempre: SEF e PSP enfrentam enchente de 17 milhões de passageiros este verão

Será, sem dúvida, um verão que promete muito movimento em Portugal, e em especial na cidade de Lisboa. A jornada Mundial da Juventude, em agosto, acontece na mesma época que normalmente traz mais turistas ao nosso País, e também quando é esperado o maior fluxo de imigrantes de sempre, e dessa forma um recorde de chegadas ao aeroportos nacionais.

De acordo com as previsões do Sistema de Segurança Interna (SSI), citadas pelo Diário de Notícias, chegarão no verão 17 milhões de pessoas, só a partir das fronteiras aéreas, num total de 83 mil voos controlados.

Os números significam um aumento de mais cinco milhões de passageiros e 15 mil voos (mais 26 e 22%, respetivamente), do que em igual período do ano passado.

Para responder a esta enchente de turistas e imigrantes, as autoridades preparam reforços, segundo indica o SSI ao mesmo jornal, “o SEF, em termos de recursos humanos, contará nos aeroportos nacionais com um total de 320 inspetores (205 em Lisboa, 65 em Faro, 50 no Porto), a que acrescerão 298 efetivos da PSP, com formação para o efeito”.

Para além destes, somam-se em caso de necessidade outros inspetores de outras unidades e também haverá reforços nos guardas de fronteira com destacamento no aeroporto de Lisboa e no do Porto, com elementos do corpo europeu da FRONTEX.

O SSI adianta por isso que, face a estes números, “a taxa de esforço da PSP será aumentada para fazer face ao previsível aumento do número de passageiros”.

Sindicatos de trabalhadores do SEF alertam para a questão da transferência de competências, no âmbito da extinção do SEF, para o facto de os agentes da PSP com formação para o controlo de fronteiras, sendo que atualmente são 142 agentes, 20 chefes e quatro oficiais, um total de 166 no aeroporto de Lisboa, terem apenas formação básica, que só lhes permite estar a verificar passaportes.

Os inspetores do SEF, 190, asseguravam também a chamada ‘segunda linha’, de análise de situações irregulares, e a terceira, de análise de riscos e peritagem a documentos, para além da coordenação dos Centros de Instalação temporária e o controlo de passageiros de navios-cruzeiro que chegam ao porto de Lisboa.

Já a Associação Sindical de Profissionais de Polícia (ASPP), maior sindicato da PSP, recorda as “limitações ao nível de efetivo, quer o existente, quer os candidatos, recursos e competências” perante uma “aumento de incumbências, tarefas, responsabilidades, mas com um investimento muito abaixo das suas necessidade”.

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