JMJ. Terrorismo, “lobos solitários” e protestos violentos são ameaça durante visita do Papa Francisco: polícias preparados para todos os cenários

O Serviço de Informações de Segurança (SIS) identificou as ameaças com a classificação mais elevada para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ): ações isoladas de pessoas com perturbações mentais, “lobos solitários” e grupos de manifestantes envolvidos em protestos ilegais e violentos. Estas são as maiores ameaças, classificadas como “significativas”, grau 3 numa tabela de cinco, de acordo com o ‘Diário de Notícias’.

Estas hipóteses foram destacadas na avaliação das secretas entregue a todas as forças de segurança, embora não exista qualquer informação concreta que aponte para que se materialize qualquer um dos cenários – o mediatismo da JMJ pode ser ‘tentador’ para alguns grupos que queiram aproveitar para radicalizar as suas ações reivindicativas.

Dos cinco graus de ameaça, internacionalmente reconhecidos, previstos na tabela dos serviços de informações (5- Reduzido; 4 – Moderado; 3 – Significativo; 2 – Elevado; 1 – Imediato) a JMJ e visita do Papa destacaram-se globalmente no grau 3, o que é apenas uma subida de um grau em relação ao “Moderado” que normalmente está em vigor no nosso país.

De acordo com o Plano Global de Segurança do Sistema de Segurança Interna para a JMJ, o SIS “procedeu à avaliação do grau de ameaça genérica que impende sobre o evento e sobre a visita do Papa Francisco, em vetores como o terrorismo, os extremismos político-ideológicos, a espionagem, a criminalidade organizada, as ciberameaças, ameaças inopinadas, entre outras”.

Há ainda fatores relativos à natureza do evento que podem favorecer a ação de vários agentes de ameaça: o atual contexto geopolítico da Europa; o elevado número de participantes; a circunstância de se estar perante eventos que decorrerão ao ar livre; a dispersão de milhares de jovens por diversos pontos do país na semana anterior ao evento; o caráter ecuménico inerente à JMJ 2023.

O terrorismo foi também considerado uma ameaça “significativa”, embora sem indícios de um planeamento de um ataque, sendo que o terrorismo de caráter islâmico surge à cabeça das preocupações – o SIS alertou que, apesar de a maioria da comunidade islâmica estar bem integrada em Portugal, o aumento recente de imigrantes de nacionalidades de risco constitui motivo de cuidados redobrados.

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