JMJ: Plano global de segurança contempla risco de atentado ao Papa
Um eventual atentado ao Papa Francisco, no decorrer da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), está previsto no plano global de segurança, revelou esta quarta-feira o secretário-geral do Sistema de Segurança Interna, Paulo Vizeu Pinheiro, em entrevista à rádio ‘Renascença’: “há uma panóplia de ameaças e riscos identificada”, precisou. “Tudo é possível”, apontou, até porque “não somos os senhores do tempo e do destino”, mas “estão projetados os meios e capacidades para fazer face a essa situação”.
O plano global de segurança será apresentado “muito em breve” mas, segundo o responsável, inclui um plano de contingência que pode fazer entrar em ação até 20 mil forças de segurança, incluindo o dispositivo na reserva. “Está, nas suas linhas gerais, definido. O lema principal é o máximo de segurança com o mínimo de transtorno possível”, indicou, salientando que estão previstos 16 mil elementos – polícia, emergência médica e proteção civil para a JMJ -, um número que poderá crescer até aos 20 mil se houver um plano de contingência.
A segurança do Papa é um dos temas mais sensíveis e a possibilidade de um atentado está acautelada. “O SIS desde há um ano que está a produzir relatórios e avaliações dinâmicas sobre a tipologia das ameaças. As forças de segurança também têm que fazer, por sua vez, com base nessa avaliação global, a tipologia de riscos e vulnerabilidades, desde a proteção da área, a proteção dinâmica, um movimento do Papa, etc. Todos esses elementos já foram agregados no nosso plano global de segurança”, garantiu Paulo Vizeu Pinheiro, que lembrou que haverá forças estrangeiras no terreno.
“Vão estar aqui para policiamento de proximidade. São algumas forças de contato, de facilitação de contato. Todos os dados permitem-nos fazer uma segurança seletiva cirúrgica, aplicando a máxima capacidade quando houver o máximo risco”, lembrou.