JMJ: Ministério Público vai investigar fundamentalistas que invadiram missa da associação católica LGBT. Crime é punível com até um ano de prisão

O Ministério Público (MP) vai investigar os 12 ativistas ultraconservadores católicos que invadiram uma missa organizada por uma associação católica LGBT na Igreja da Ameixoeira, em Lisboa, na passada quinta-feira – em causa estão crimes como impedimento, perturbação ou ultraje a ato de culto, punível com pena de até um ano de prisão. A PSP vai enviar a participação do MP, revelou o jornal ‘Expresso’.

Os 12 ativistas foram identificados por agentes da PSP. “Em todo o caso, o expediente policial foi todo feito by the book: os suspeitos foram identificados e assim o MP detém toda a sua informação pessoal e pode facilmente notificá-los para depor”, revelou fonte judicial.

A cerimónia, organizada pela associação católica Arco-Irís, que defende os direitos LGBTQ+ na Igreja, esteve marcada inicialmente para o Convento de São Domingos, em Benfica, mas a localização foi alterada à última da hora por razões de segurança. De acordo com fonte policial, as autoridades portuguesas já estavam a monitorizar as atividades deste grupo fundamentalista.

O organizador do protesto no Igreja é Rafael da Silva, que partilhou os seus planos nas redes sociais – foi mesmo detalhado ao pormenor na véspera da missa, através de uma sessão de streaming. O grupo em questão tem um discurso tendencialmente conspiracionista contra várias entidades do Estado português, incluindo a classe política e as forças de segurança.