JMJ: Associação Empresarial Ourém-Fátima prevê que restauração seja setor com mais impacto positivo
A Associação Empresarial Ourém-Fátima (ACISO) previu hoje que a restauração será o setor “mais impactado positivamente” pela Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que se realiza em Lisboa com o Papa Francisco, que vai deslocar-se ao Santuário de Fátima.
“A restauração será, talvez, o setor mais impactado positivamente pela JMJ. Haverá certamente um significativo incremento no setor da restauração, o qual se espera que seja muito positivamente afetado por todo o fluxo de visitantes, antes, durante e depois da JMJ”, disse à agência Lusa a presidente da ACISO, Purificação Reis.
A JMJ decorre de 01 a 06 de agosto. No dia 05, Francisco tem prevista uma visita de duas horas ao Santuário de Fátima, para rezar pela paz e pelo fim da guerra na Ucrânia.
Esta será a segunda deslocação do Papa Francisco a Fátima. Na primeira, em maio de 2017, presidiu à cerimónia de canonização dos pastorinhos Jacinta e Francisco Marto, no Santuário de Fátima, quando passava o primeiro centenário dos acontecimentos na Cova da Iria.
A presidente da ACISO antecipou, quanto ao comércio, “uma boa época”.
“Espera-se um bom verão, dado o grande número de visitantes que ocorrem diariamente a Fátima, com especial expressão nos fins de semana. Mesmo os turistas que visitam Fátima sem pernoitarem são consumidores do comércio local”, referiu Purificação Reis.
A dirigente reconheceu, contudo, que “não se espera que os jovens participantes na JMJ sejam os grandes consumidores do comércio local, até porque, dada a faixa etária, são públicos com pouco poder de compra”, mas, “de qualquer forma, espera-se que haja algum incremento no comércio local, vindo também deste público”.
A responsável da ACISO reconheceu que “a redução do poder de compra tem efeito imediato nas opções de viagens e de férias das pessoas”, sendo que a guerra na Ucrânia e a crescente inflação retiraram “muito do poder de compra das famílias”, fatores condicionantes que poderão fazer com que as expectativas quanto ao número de visitantes “sejam demasiado otimistas”.
“As pessoas que viajam consomem menos e viajam por períodos mais curtos e outras evitam viajar”, sustentou.
Sobre a JMJ, a presidente da ACISO deseja que “seja um momento único de promoção de Portugal e de Fátima enquanto destino privilegiado de turismo, em geral, e de turismo religioso, em particular”.
“Que seja uma oportunidade conseguida de conquistar novos públicos e de despertar neles o interesse e gosto por regressarem a este território, para conhecerem mais e durante mais tempo”, adiantou.
Aos empresários, pediu que “continuem o seu trabalho mantendo o alto nível de qualidade no serviço, reforçando-se a importância do contributo coletivo para um espaço urbano limpo e ordenado”, exortando-os a que “mantenham sempre o foco no bem acolher e no bem receber”.
“Se assim for feito, haverá bom retorno, com toda a certeza”, afiançou Purificação Reis,0 que aos jovens solicitou que “contribuam com a sua irreverência, inquietude e alegria para o desenvolvimento do setor do turismo, de forma sustentável”, além de que “tragam muita luz e alegria e deixem um exemplo de civismo e de consciência ambiental aos mais velhos”.