Japão alivia restrições para vender mais mísseis Patriot aos EUA. Assim, podem ser entregues mais à Ucrânia

O Japão aliviou as restrições à exportação de armas, que estavam em vigor desde o final da II Guerra Mundial, permitindo que Tóquio possa vender mais sistemas de defesa antiaérea Patriot aos EUA. Desta forma, seria possível reabastecer os ‘stocks’ norte-americanos, e assim permitir que Washington pudesse enviar mais Patriot para ajudar a Ucrânia a combater a invasão russa.

Depois de uma reunião do Conselho de Segurança Nacional do Japão, esta sexta-feira, Yoshimasa Hayashi, chefe de gabinete, esclareceu os jornalistas de que o país poderia a partir de agora vender mísseis Patriot fabricados sob licença de empresas norte-americanas.

Os sistemas de defesa aérea em causa são fabricados ela japonesa Mitsubishi Heavy Industries, mas sob licença dos fabricantes americanos Raytheon e Lockheed Martin.

“Esta decisão tem um significado significativo para fortalecer a aliança Japão-EUA. E contribuirá para a paz e estabilidade do Japão e da região Indo-Pacífico”, continuou o responsável.

Segundo especialistas ouvidos pelo New York Times, a medida do Japão, associada aos esforços da Coreia do Sul para vender armas à Polónia, aliado próximo da Ucrânia, seria também um reforço na dissuasão de ameaçadas da Coreia do Norte e da China, mostrando que os aliados democráticos do Pacífico estão alinhados na construção de um mercado global de armas e de cadeia de mantimentos.

“Se conseguirmos criar tal cadeia de abastecimento, então os nossos potenciais adversários pensariam: ‘Uau, os EUA, o Japão, a Coreia do Sul e Taiwan teriam muitas armas, munições e mísseis. E seriam desencorajados de nos atacar em primeiro lugar”, aponta Narushige Michishita, professor de relações internacionais no Instituto Nacional de Pós-Graduação para Estudos Políticos em Tóquio.

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