“Jamais drogaria alguém e jamais me aproveitaria de uma pessoa incapacitada”: Nuno Lopes nega acusações de violação a guionista norte-americana
O ator português Nuno Lopes reagiu esta terça-feira às acusações que lhe são dirigidas por uma guionista norte-americana. A. M. Lukas avançou com um processo em tribunal contra o artista português, acusando-o de a ter violado em 2006, após se terem cruzado num evento no Festival de Cinema de Tribeca, quando Nuno Lopes estava a estudar em Nova Iorque.
O ator nega que tenha drogado e violado a norte-americana mas, a conselho dos seus advogados, não revela detalhes sobre o caso.
“Apesar de prezar desde sempre a minha vida pessoal e ter optado por proteger a minha privacidade ao máximo, neste caso tenho a maior vontade de vir a público esclarecer e contar a verdade sobre esta história. No entanto, e contra os meus instintos, fui veementemente instruído pelos meus advogados americanos a abster-me de revelar todos e quaisquer detalhes sobre o processo movido ontem em Nova Iorque, que contém alegações com 17 anos, do tempo em que era estudante de representação em Nova Iorque em 2006”, indica Nuno Lopes em comunicado.
“Recentemente, recebi com surpresa e choque uma carta vinda dos Estados Unidos por parte dos advogados de A. M. Lukas, a acusar-me de ter drogado e violado A. M. Lukas há 17 anos, pedindo-me que propusesse uma quantia monetária para este caso acabar e um pedido de desculpas. Rejeitei ambos”, escreve Nuno Lopes, que diz ser “moralmente e eticamente incapaz” de cometer os atos de que é acusado.
“Jamais drogaria alguém e jamais me aproveitaria de uma pessoa incapacitada, quer por excesso de álcool ou por influência de quaisquer outras substâncias. Nem hoje nem há 17 anos”, estabelece o ator português, que recentemente fez furor na série ‘White Lines’, da Netflix.
A escritora e guionista norte-americana que diz ter sido vítima de Nuno Lopes descreveu na acusação, a que o Daily Mail teve acesso, o suposto episódio, de forma gráfica. Diz que se lembra apenas de algumas imagens, eventualmente por estar sob efeito de alguma substância, que lhe teria sido administrada pelo ator português. Depois do caso, a mulher diz que teve de meter baixa devido aos efeitos secundários da medicação anti-HIV que tomou após a suposta violação, e que acabou por ser despedida, desenvolver síndrome pós-traumático e sofrer de um episódio maníaco-depressivo, bem como de pensamentos suicidas.
“Tenho o maior respeito e solidariedade por todas as vítimas de qualquer tipo de violência. Estou de consciência absolutamente tranquila, mas ciente das consequências gravíssimas que este caso representa. E de como a minha decisão de recusar um acordo confidencial e avançar publicamente para tribunal aporta consequências para a minha reputação quer pessoal, quer profissional. Não obstante, quero deixar bem claro que refuto todas as acusações que me são feitas, que espero que este caso seja prontamente esclarecido e julgado justamente pelas autoridades competentes e que nunca terei medo de agir judicialmente contra qualquer pessoa que tente difamar o meu bom nome”, termina Nuno Lopes, admitindo que poderá agira contra a guionista por difamação.