Já há países europeus a treinar soldados na Ucrânia, garante primeira-ministra da Estónia

Vários países europeus já enviaram os seus instrutores para a Ucrânia para treinar militares ucranianos, revela esta segunda-feira a primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, citada pelo ‘Financial Times’.

De acordo com a chefe de Governo, os aliados da NATO não devem temer que o envio de tropas para a Ucrânia, para treinar os seus soldados, possa levar a aliança atlântica para um conflito com Moscovo.

Segundo Kallas, “há países que já estão a treinar soldados no terreno”, que o fazem por sua própria conta e risco, salientando que se as forças russas atacassem os instrutores da NATO na Ucrânia isso não desencadearia automaticamente o célebre Artigo 5 sobre defesa mútua.

“Não posso imaginar que, se alguém for ferido para lá, aqueles que enviaram o seu pessoal dirão ‘é o Artigo 5. Vamos bombardear a Rússia’. Não é assim que funciona. Não é automático. Portanto, esses medos não são bem fundamentados”, garante Kallas.

Na Estónia, o envio de instrutores para a Ucrânia requer a aprovação do Parlamento local. “É um debate público aberto, mas acho que não devemos descartar nada neste momento”, precisa.

Kallas reitera a sua convicção de que não vê risco de conflito direto com a Rússia se os aliados ajudarem Kiev a treinar soldados ucranianos em território ucraniano. “A propaganda da Rússia tem tudo a ver com estar em guerra com a NATO, por isso eles não precisam de uma desculpa. O que quer que façamos do nosso lado… se quiserem atacar, atacarão”, acrescenta.

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