Cabaz de alimentos: atum em azeite, flocos de cereais e salmão registam maiores aumentos de preço do ano

Foi há exatamente um ano que entrou em vigor a medida do IVA zero num determinado conjunto de 46 produtos alimentares essenciais, aplicada pelo Governo de António Costa, e que vigorou até ao início deste ano (após sucessivas prorrogações), tendo terminado a 4 de janeiro. Fazendo as contas, ao dia antes da entrada em vigor da medida (ou seja, sem contar com as reduções trazidas), o cabaz considerado está seis euros mais caro (+4,32%), revela a análise da DECO/PROTESTE.

Se olharmos ao último dia de IVA Zero, e até esta quarta-feira, o aumento verificado é de 2,80 euros (1,97%). Relativamente à semana anterior, verifica-se uma ligeira redução de 0,05 cêntimos, com o cabaz a custar 144,77 euros (mais 7,95%).

Desde início de 2024, este cabaz já ‘cresceu’ de preço em 1,49 euros (+1,04%). Com o fim da medida o alívio temporário das famílias terminou, e os produtos voltaram a ter aplicada a respetiva taxa de IVA.

Entre a primeira semana do ano e 17 de abril, os produtos cujo preço mais aumentou foram o atum posta em azeite, os flocos de cereais e o salmão. No atum posta em azeite, a subida foi de 30% (55 cêntimos). Uma lata de atum de conserva em azeite custa agora, em média, 2,39 euros. Já os flocos de cereais registaram uma subida de 18% (46 cêntimos) e passaram a custar 3 euros. O salmão, por sua vez, teve uma subida de 18% (2,50 euros por quilo) e custa agora 16,61 euros por quilo.

Segundo a análise, há produtos que subiram bem acima dos 6% de IVA (ou 13%, no caso do óleo alimentar) que voltou a ser aplicado. Por exemplo, comparando com o último dia em que vigorou a medida, o atum posta em azeite aumentou 30%, a dourada 15%, a batata vermelha 14%, a cebola 13% ou a perna de peru e a maçã gala 10%.

Se compararmos os preços da última semana com a véspera da entrada em vigor da medida do IVA zero, a 17 de abril, o aumento é mais notório. Foram estes os produtos mais aumentaram de preço: azeite virgem extra (52%), atum posta em azeite (33%), laranja (32%), maçã gala (26%), pescada fresca (20%), brócolos (20%), couve-flor (17%), massa espirais (16%), batata vermelha (12%), ervilhas ultracongeladas (11%).

Cabaz ‘normal’ desce 1,07 euros na última semana (mas está 14 euros mais caro do que há um ano)

O cabaz de 63 bens essenciais monitorizado pela DECO PROTESTE, registou uma ligeira descida, de preço, depois de várias semanas de subida. Custa agora 236,90 euros, menos1,07 euros do que há uma semana. No entanto, comparando com a mesma semana do ano passado, o aumento verificado neste conjunto de produtos é de 13,95 euros (+6,26%).

Desde o início da guerra na Ucrânia, o aumento verificado é de quase 54 euros (mais 29%).

Olhando a categorias de produtos, os maiores aumentos percentuais, desde início da guerra, foram registados na mercearia (38,96%, mais 16,32 euros), e no peixe (31,58%, mais 19,11 euros).

 

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