IVA zero: Cabaz volta a subir e atinge preço mais alto desde início da medida. Da alface ao iogurte, veja os produtos que ficaram mais caros e mais baratos

O cabaz de 41 alimentos com IVA zero monitorizado pela DECO Proteste voltou a subir de preço esta semana, pela 4.ª vez consecutiva. Esta quarta-feira, custava mais mais 2,29 euros, mais 1,66% do que na semana passada. O cabaz custa agora 140,07 euros, valor mais alto desde que entrou em vigor a medida do IVA zero num conjunto determinado de alimentos.

Desde o início do ano, o aumento verificado no preço do cabaz é de 6,40 euros (+4,79%) e desde a entrada em vigor da medida é de 1,30 euros (+0,94%).

Mas nem todos os produtos abrangidos pela medida estão mais baratos. Entre os produtos que ficaram mais caros desde 18 de abril estão: brócolos (57%), laranja (52%), azeite virgem extra (33%), pescada fresca (23%) ou couve-flor (18%).

Alface, perna de peru e novilho são ‘campeões’ de aumento esta semana

Na última semana, entre 8 e 15 de novembro, foram os seguintes produtos os que registaram a maior subida percentual no cabaz IVA zero monitorizado pela DECO PROTESTE: alface frisada (12%), perna de peru (9%), carne de novilho para cozer (5%), lombo de porco sem osso (5%), pescada fresca (4%), pão de forma sem côdea (3%), dourada (3%), couve-flor (2%) e atum posta em azeite (2%).

Iogurte, carapau e dourada lideram descidas na última semana

De acordo com a análise da Deco/Proteste, os 10 produtos que mais reduziram de preço na última semana são a massa esparguete (7%), iogurte líquido (7%), maçã gala (5%), queijo curado fatiado embalado (4%), arroz carolino (4%), massa espirais (3%), frango inteiro (3%), cebola (1%), maça golden (1%) e batata vermelha (1%).

Recorde-se que a isenção do IVA em mais de 40 alimentos resulta de um acordo assinado a 27 de março entre o Governo, o retalho alimentar e a produção agroalimentar. A medida visa mitigar os efeitos dos aumentos de preços dos bens alimentares e está em vigor até final deste ano, após ter sido estendida pelo Governo a 7 de setembro (estava previsto o final da medida a 31 de outubro).

A lista de produtos que têm agora IVA zero foi definida com base nas recomendações da Direção-Geral da Saúde. Inclui os alimentos mais consumidos pelas famílias em Portugal, de acordo com a informação disponibilizada pela associação que representa as empresas de distribuição alimentar.

Preço do cabaz ‘normal’ também subiu: mais 2,33 euros
O preço do cabaz de 63 bens essenciais monitorizado pela DECO PROTESTE, que na semana passada subiu 3,23 euros, voltou a aumentar de preço esta semana. Custa agora 230,42 euros, mais 1,02% face à semana anterior.

Se compararmos este valor com o período homólogo do ano passado, o preço do cabaz subiu 20,44 euros (mais 9,73%).

Na última semana, os 10 produtos com maiores aumentos percentuais foram alface frisada (12%), cereais trigo, arroz e aveia integrais (10%), perna de peru (9%), peito de peru fatiado (6%), medalhões de pescada (6%), novilho para cozer (5%), lombo de porco sem osso (5%), café torrado moído (4%), pescada fresca (4%) e grão cozido (4%).

Já entre 23 de fevereiro de 2022, véspera do início da guerra na Ucrânia, e 1 de novembro deste ano, os produtos que mais viram o seu preço subir foram o azeite virgem (1115%), a laranja (95%),  pescada fresca (87%), o arroz carolino (83%), a polpa de tomate (73%), a cebola (69%), o açúcar branco (59%), as salsichas frankfurt (50%), os brócolos (50%) e a batata vermelha (49%).

Olhando a categorias de produtos, os maiores aumentos percentuais, desde início da guerra, foram registados na mercearia (36,15%, mais 15,24 euros), e na carne (23,86%, mais 5,67 euros).

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