IVA 0: Há produtos que subiram mais de 10% em apenas uma semana. Cabaz essencial atinge recorde e custa mais 60 euros do que antes da guerra na Ucrânia

Acabou no dia 4 de janeiro a medida do IVA zero num cabaz definido de produtos essenciais e, uma semana depois, o preço de um conjunto de 41 produtos analisados pela Deco/Proteste subiu mais de seis euros (6,65%, um aumento de 4,64%). Custa agora 149,93 euros, valor recorde.

Segundo a análise, até esta quarta-feira, dia 10 de janeiro, há produtos que subiram bem acima dos 6% de IVA (ou 13%, no caso do óleo alimentar), com alguns a registarem aumentos acima de 10%.

Entre 3 e 10 de janeiro, foram estes os produtos que mais aumentaram de preço: óleo alimentar (17%), pão de forma sem côdea (15%), atum posta em azeite (12%), dourada (9%), pescada fresca (9%), laranja (9%), tomate chucha (8%), leite UHT meio gordo (8%), iogurte aroma (8%) e perna de peru (7%).

Olhando ao dia antes da entrada em vigor de medida que se extinguiu no início do mês, são os seguintes produtos os que mais dispararam de preço: azeite virgem extra (50%), laranja (46%), brócolos (42%), pescada fresca (42%), couve-flor (29%), alface frisada (27%), maçã gala (17%), pão de forma sem côdea (17%), iogurte líquido (16%), atum posta em óleo vegetal (15%).

Preço do cabaz ‘normal’ já está 60 euros mais caro do que antes da guerra
O preço do cabaz de 63 bens essenciais monitorizado pela DECO PROTESTE, também subiu esta semana e atingiu o valor mais alto de sempre. Custava esta quarta-feira 243,79 euros, um valor recorde desde que a Deco acompanha o cabaz, mais 7,75 euros (+3,28%) face à semana anterior.

Se compararmos este valor com o período homólogo do ano passado, o preço do cabaz subiu 18,84 euros (mais 7,59%). Olhando aos valores antes do início da guerra na Ucrânia, a 23 de fevereiro de 2022 (nem há dois anos), o mesmo cabaz de produtos custa agora mais 60,16 euros do que na altura, um aumento de 32,76%.

Na última semana, os 10 produtos com maiores aumentos percentuais foram: óleo alimentar (17%), pão de forma sem côdea (15%), atum posta em azeite (12%), dourada (9%), pescada fresca (9%), laranja (9%), tomate(8%), leite UHT meio gordo (8%), salmão (8%) e iogurte aroma (7%).

Já entre 23 de fevereiro de 2022, véspera do início da guerra na Ucrânia, e 3 de janeiro deste ano, os produtos que mais viram o seu preço subir foram o azeite virgem (142%), pescada fresca (115%), laranja (88%), arroz carolino (86%), cebola (71%), polpa de tomate (69%), açúcar branco (59%), couve-coração (55%), salsichas frankfurt (52%) e batata vermelha (51%).

Olhando a categorias de produtos, os maiores aumentos percentuais, desde início da guerra, foram registados na mercearia (43,41%, mais 18,29 euros), e no peixe (34,38%, mais 20,73 euros).

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