IVA 0: Iogurte já aumentou 30% desde fim da medida. Azeite dispara 13% só na última semana
O cabaz definido de produtos essenciais aos quais era aplicada a medida do IVA zero (que terminou a 4 de janeiro), desceu de preço depois de uma ligeira subida registada na semana anterior. Segundo uma análise da Deco/Proteste ao conjunto de 41 produtos, o cabaz IVA zero desceu 1,56 euros na última semana (-1,06%), custando agora 145,32 euros.
Comparando com o último dia de IVA zero e até esta quarta-feira, regista-se um aumento de 6,55 euros (+4,72%) no preço do cabaz. Comparando com o início do ano, o aumento é de 2,04 euros (1,42%).
Segundo a análise, há produtos que subiram bem acima dos 6% de IVA (ou 13%, no caso do óleo alimentar) que voltou a ser aplicado. Por exemplo, comparando com o último dia em que vigorou a medida, o iogurte líquido aumentou 29%, a curgete 17%, o carapau 16%, o pão de forma sem côdea (16%), o óleo alimentar 15%, o azeite virgem extra 10% e o atum posta em azeite 9%.
Entre 31 de janeiro e 7 de fevereiro, foram estes os produtos que mais aumentaram de preço: iogurte líquido, azeite virgem extra (13%), ervilhas ultracongeladas (8%), massa esparguete (6%), pão de forma sem côdea (6%), carapau (3%), arroz carolino (2%), dourada (2%), banana importada (2%) e lombo de porco sem osso (2%).
Olhando ao dia antes da entrada em vigor de medida do IVA zero, são os seguintes produtos os que mais dispararam de preço: azeite virgem extra (58%), iogurte líquido (30%), alface frisada (29%), curgete (27%), brócolos (26%), laranja (19%), pão de forma sem côdea (17%), pescada fresca (15%), atum posta em azeite (12%) e ervilhas ultracongeladas (11%).
Preço do cabaz ‘normal’ desce após subida de quase 5 euros
Depois de, na semana passada, ter subido quase 5 euros, o preço do cabaz de 63 bens essenciais monitorizado pela DECO PROTESTE, voltou a descer, desta vez 2,72 euros euros, custando esta quarta-feira 237,98 euros.
Se compararmos este valor com o período homólogo do ano passado, o preço do cabaz subiu 13,06 euros (mais 8,34%).
Olhando aos valores antes do início da guerra na Ucrânia, a 23 de fevereiro de 2022 (nem há dois anos), o mesmo cabaz de produtos custa agora mais 54,35 euros do que na altura, um aumento de 29,60%.
Na última semana, os 10 produtos com maiores aumentos percentuais foram: iogurte líquido, azeite virgem extra (13%), cereais integrais (8%) ervilhas ultracongeladas (8%), massa esparguete (6%), pão de forma sem côdea (6%), cereais (4%), flocos de cereais (3%) carapau (3%) e arroz carolino (2%).
Já entre 23 de fevereiro de 2022, véspera do início da guerra na Ucrânia, e 31 de janeiro deste ano, os produtos que mais viram o seu preço subir foram o azeite virgem extra (156%), arroz carolino (77%), polpa de tomate (76%), cebola (76%), pescada fresca (75%), flocos de cereais (60%), açúcar branco (59%), laranja (53%), batata vermelha (53%) e carapau (52%).
Olhando a categorias de produtos, os maiores aumentos percentuais, desde início da guerra, foram registados na mercearia (44,34%, mais 18,69 euros), e no peixe (26,61%, mais 16,05 euros).