IVA 0: Cabaz sobe pela 5.ª semana seguida e atinge novo recorde. Do bacalhau ao esparguete, saiba o que ficou mais caro e mais barato na última semana

O cabaz de 41 alimentos com IVA zero monitorizado pela DECO Proteste voltou a subir de preço esta semana, pela 5.ª vez consecutiva. Entre 4 de outubro e 22 de novembro aumentou mais de 10 euros e custava esta quarta-feira 141,92 euros, valor mais alto desde que entrou em vigor a medida do IVA zero num conjunto determinado de alimentos.

Comparando com o início do ano, o aumento verificado no preço do cabaz é de 8,25 euros (+6,17%) e desde a entrada em vigor da medida é de 3,15 euros (+2,27%).

Mas nem todos os produtos abrangidos pela medida estão mais baratos. Entre os produtos que ficaram mais caros desde 18 de abril estão: brócolos (56%), laranja (46%), alface frisada (37%), azeite virgem extra (35%) ou pescada fresca (30%).

Alface, iogurte e pão de forma sem côdea são ‘campeões’ de aumento esta semana

Na última semana, entre 15 e 22 de novembro, foram os seguintes produtos os que registaram a maior subida percentual no cabaz IVA zero monitorizado pela DECO PROTESTE: alface frisada (17%), iogurte líquido (10%), pão de forma sem côdea (9%), maçã gala (8%), dourada (6%), pescada fresca (5%), atum posta em óleo vegetal (4%), arroz carolino (4%), bacalhau graúdo (4%) e carapau (3%).

Ervilhas, óleo alimentar e batata vermelha lideram descidas na última semana

De acordo com a análise da Deco/Proteste, os 10 produtos que mais reduziram de preço na última semana são as ervilhas congeladas (5%), o óleo alimentar (5%), a batata vermelha (4%), a laranja (4%), a cebola (3%), o lombo de porco sem osso (3%), o queijo flamengo fatiado embalado (2%), a massa espirais (2%), a couve-flor(2%) e a massa esparguete (2%).

Recorde-se que a isenção do IVA em mais de 40 alimentos resulta de um acordo assinado a 27 de março entre o Governo, o retalho alimentar e a produção agroalimentar. A medida visa mitigar os efeitos dos aumentos de preços dos bens alimentares e está em vigor até final deste ano, após ter sido estendida pelo Governo a 7 de setembro (estava previsto o final da medida a 31 de outubro).

A lista de produtos que têm agora IVA zero foi definida com base nas recomendações da Direção-Geral da Saúde. Inclui os alimentos mais consumidos pelas famílias em Portugal, de acordo com a informação disponibilizada pela associação que representa as empresas de distribuição alimentar.

Preço do cabaz ‘normal’ também subiu: mais 1,28 euros
O preço do cabaz de 63 bens essenciais monitorizado pela DECO PROTESTE, também voltou a voltou a aumentar de preço esta semana. Custa agora 231,70 euros, mais 1,28 euros (+0,56%) face à semana anterior.

Se compararmos este valor com o período homólogo do ano passado, o preço do cabaz subiu 18,94 euros (mais 8,90%).

Na última semana, os 10 produtos com maiores aumentos percentuais foram couve coração (17%), alface frisada (17%), iogurte líquido morango (10%), pão de forma sem côdea (9%), alho seco (9%), maçã gala (8%), polpa de tomate (7%), dourada (6%), flocos de cereais (6%) e feijão cozido (5%).

Já entre 23 de fevereiro de 2022, véspera do início da guerra na Ucrânia, e 1 de novembro deste ano, os produtos que mais viram o seu preço subir foram o azeite virgem (118%), a pescada fresca (97%), o arroz carolino (89%), a laranja (87%), a polpa de tomate (84%), a cebola (63%), o açúcar branco (59%), a alface frisada (54%), os brócolos (48%) e a couve coração (47%).

Olhando a categorias de produtos, os maiores aumentos percentuais, desde início da guerra, foram registados na mercearia (36,82%, mais 15,52 euros), e nas frutas e legumes (27,27%, mais 6,44 euros).

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