Itália vende palácios para reduzir despesa pública

O governo italiano encontrou uma nova forma de cortar na despesa pública: colocar à venda palácios centenários. O leilão de edifícios históricos tem como objectivo angariar 1,2 mil milhões de euros, ao longo dos próximos três anos, segundo adianta o Financial Times. A mesma publicação justifica a medida com a necessidade de o país recuperar da dívida de 2,3 milhões de milhões de euros que tem sobre os ombros.

De saída do portefólio do governo estão edifícios como San Salvador, junto à ponte Rialto em Veneza, um antigo mosteiro do século XII que acolhe actualmente os escritórios de uma companhia telefónica estatal – 28 milhões é o valor base pedido. Da lista fazem parte também antigos imóveis do exército, fortalezas, faróis, castelos, prisões e até uma mansão detida antigamente por rivais da família Medici.

Ao vender estes activos, o governo italiano será capaz de reduzir custos de manutenção e prevenir a ruína de propriedades com um importante valor patrimonial. Ao todo, serão 400 os imóveis que irão a leilão, mas para já apenas 93 estão disponíveis para compra.

O leilão faz parte da estratégia delineada por Itália para cumprir o compromisso estabelecido com a Comissão Europeia no sentido de vender activos públicos no valor de 17 mil milhões de euros até ao final deste ano. Porém, poderá não ser suficiente. É possível que o governo se veja obrigado a vender as suas participações em multinacionais como a petrolífera Eni.






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