Itália rejeita proposta de Macron sobre envio de tropas para a Ucrânia

Itália recusa apoiar a proposta do Presidente francês, Emmanuel Macron, sobre o envio de instrutores militares da NATO para a Ucrânia, disse hoje o vice-primeiro-ministro italiano, Antonio Tajani.

Tajani, que é também ministro dos Negócios Estrangeiros do Governo de Roma, disse ainda que a Itália “é contra todas as formas de agravamento da guerra entre a Rússia e a Ucrânia”.

“Putin está a fazer propaganda eleitoral. Somos a favor do respeito pela independência da Ucrânia, mas não enviaremos soldados para a Ucrânia e não enviaremos armas para o território russo”, declarou Tajani à televisão italiana, citado pela agência de notícias Ansa.

“A posição de Macron não é a posição da Itália, não devemos seguir ninguém: a escalada deve ser evitada. Não estamos em guerra com a Rússia. Há campanhas eleitorais (no bloco europeu) e Putin está a tentar dividir a Europa que está unida”, disse ainda Antonio Tajani.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou reiteradamente que as forças da Aliança Atlântica “na Ucrânia vão acabar por ser necessárias”.

O líder ddo partido italiano Liga, Matteo Salvini, acusou Tajani de estar a dividir a coligação governamental italiana “por causa da Ucrânia”.

Antonio Tajani recusou as críticas internas, afirmando que é “um patriota” e recordando que “foi um operacional da NATO”.

“Nunca falei de secessão. Não faço polémicas, mas não aceito lições de ninguém quando se fala de Itália e da Pátria”, disse Tajani sobre as críticas de Salvini.

Ex-presidente do Parlamento Europeu e duas vezes comissário europeu, Antonio Tajani, 70 anos, é um antigo piloto da Força Aérea italiana e foi jornalista.

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