Israel: Se fronteira em Rafah não abrir, todos os que estão internados em hospitais “vão morrer”, alerta especialista

Perante o cerco montado por Israel a Gaza, e que tem impedido a chegada de água, comida, medicamentos, combustíveis ou eletricidade àquele território, os hospitais locais, também face à realidade dos ataques constantes, estão inundados de palestinianos e com pouco ou nenhuns recursos que ameaçam esgotar-se a qualquer instante.

“Esta é daquelas situações onde claramente atingiu-se um beco sem saída”, indica à SIC Notícias Nelson Olim, médico especialista em Medicina de Catástrofes, explicando que alguns hospitais têm painéis solares que, em última instância podem manter algumas máquinas a funcionar. No entanto, perante a falta de recursos, o que se pode fazer é usar “até á exaustão”, e depois resta confiar na “compaixão”… porque não há mais nada.

Os profissionais de saúde estão esgotados e sem mãos a medir, e se noutros conflitos há forma de transferir os feridos e doentes de um lado para o outro, neste caso não há essa opção, pelo menos para já.

A comunidade internacional está ” a tentar arranjar soluções”, mas a verdade é que fazê-lo atualmente é, “de facto, uma sentença de morte”. Uma opção seria levar estes doentes para o Egito.

Tudo dependerá da abertura da fronteira de Rafah que é “muito dinâmica”, admitindo o especialista que não se sabe “ao certo se vão ser autorizadas essas saídas” de doentes.

Caso a fronteira não seja aberta, o médico adianta o resultado : “Então estas pessoas vão morrer. Não há outra forma de colocar isto”.

 

 

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