Israel: Hamas quer manter identidade do novo líder confidencial

Um alto responsável do Hamas revelou à BBC que o movimento islâmico palestiniano tenciona manter a identidade do seu novo líder em sigilo, citando motivos de segurança. Esta decisão não é inédita, já que em 2003, após o assassinato do então líder Sheikh Ahmed Yassin por Israel e do seu sucessor, Dr. Abdel Aziz al-Rantisi, o movimento optou por medidas semelhantes. A confidencialidade é vista como essencial para proteger o líder de possíveis ataques por parte das forças israelitas.

O Hamas pretende eleger um novo líder em março do próximo ano, mas até lá, a organização será liderada por um comité composto por cinco membros. Este comité inclui figuras de peso dentro do movimento, como Khalil al-Hayya, Khaled Meshaal, Zaher Jabarin, Muhammad Darwish, presidente do Conselho da Shura, e uma quinta pessoa cuja identidade não foi divulgada.

O mesmo responsável adiantou que Khalil al-Hayya assumiu grande parte das responsabilidades políticas e de relações externas, além de supervisionar diretamente os assuntos relacionados com Gaza. Desta forma, al-Hayya está a funcionar como o líder interino do movimento até que o processo de eleição seja concluído.

Morte de Yahya Sinwar
Ainda sobre a liderança do Hamas, o responsável confirmou que o movimento foi apanhado de surpresa pela morte de Yahya Sinwar, líder de longa data em Gaza, morto num ataque das forças israelitas a 16 de outubro. Segundo ele, Sinwar encontrava-se supostamente num local considerado mais seguro no momento da sua morte, o que levantou questões sobre a execução da operação israelita.

Sinwar, que era uma figura de destaque e liderava a ala militar do Hamas, tornou-se um alvo prioritário de Israel devido ao seu papel central nas atividades do movimento na Faixa de Gaza. A sua morte é vista como um golpe significativo para o Hamas, que agora enfrenta a necessidade de reorganizar a sua estrutura de liderança enquanto lida com as crescentes tensões na região.




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