Israel avança que há “grande probabilidade” de ter matado novo líder do Hamas

As Forças de Defesa de Israel (IDF) avançaram que está a avaliar se um dos três terroristas mortos recentemente em Gaza era Yahya Sinwar, líder do Hamas – de acordo com um alto funcionário israelita, em declarações aos media israelitas, “há uma grande probabilidade” de que possa ser Sinwar.

As IDF acrescentaram ainda que não foram encontrados reféns no prédio onde o trio foi morto.

De acordo com a publicação ‘The Times of Israel’, as tropas israelitas a operar em Gaza não tinham por alvo o líder do Hamas e não sabiam que poderia estar no prédio onde operavam. O jornal indicou que as IDF avistaram vários combatentes islâmicos a entrar num prédio e ordenaram um ataque, que desmoronou parcialmente a estrutura.

Somente depois de os soldados israelitas terem chegado para inspecionar os danos é que se aperceberam que um dos três terroristas mortos se parecia muito com Sinwar. De acordo com o Canal 12 israelita, o corpo não foi trazido para Israel porque a área está fortemente armadilhada – no corpo está também um colete miltar com granadas. Foi retirada uma amostra da ADN do corpo para testes rápidos em Israel.

O anúncio surge pouco depois de o exército ter anunciado o bombardeamento de uma escola no campo de refugiados de Jabalia, no norte do enclave, alegadamente utilizada como “centro de comando e controlo” dos movimentos islamitas Jihad Islâmica e Hamas, num ataque que já fez pelo menos 28 mortos e 150 feridos, segundo o gabinete de imprensa do governo do Hamas.

Sinwar é mais alto funcionário do grupo terrorista na Faixa de Gaza, controlada politicamente pelo Hamas. Ascendeu ao comando após a morte de Ismael Haniyeh, assassinado no Irão em julho último, por Israel.

Sinwar passou 23 anos em prisões israelitas, condenado a quatro penas de prisão perpétua, pela morte de dois soldados israelitas e de quatro palestinianos considerados espiões de Israel. Foi libertado em 2011, com mais 1.026 prisioneiros palestinianos, em troca do soldado israelita Gilad Shalit, raptado cinco anos antes pelo Hamas.

Desde o início da guerra em Gaza, há mais de um ano, o seu paradeiro é praticamente desconhecido para Israel, que previu que o líder do Hamas estaria nos túneis, perto de alguns dos cerca de 100 reféns ainda detidos no enclave como proteção.

Nascido em Khan Yunis, um bastião do apoio palestiniano à organização Irmandade Muçulmana, Sinouar foi detido pela primeira vez por Israel em 1982, com 19 anos, por “atividades islâmicas”, altura em que ganhou a confiança do fundador do Hamas, o xeque Ahmed Yassin.

Dois anos depois da fundação do Hamas, em 1987, Sinwar criou a temida divisão de segurança interna do grupo, a al-Majd, guardiã da “moral islâmica” e que atuava contra qualquer suspeito de colaborar com Israel.

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